Priscila Heldes é um dos nomes do momento, no desporto brasileiro, depois de se terem tornado virais as imagens que a mostraram a atuar ao serviço da equipa de voleibol do Fluminense, perante o Sesi Bauru, grávida de seis meses.
A jogadora de 33 anos de idade foi, desde então, alvo de cerradas críticas, havendo mesmo quem a acusasse de colocar em risco a segurança daquele que será o seu primeiro filho, Emanuel. Uma reação que a própria lamentou, esta terça-feira, numa extensa entrevista concedida ao portal canarinho iG.
"Espantei-me um pouco com a repercussão, até porque quem acompanha o vólei já sabia que eu estive ativa durante toda a gestação, mas, neste último jogo, contra o Sesi Bauru, estourei a bolha. A repercussão enorme deixou-me um pouco assustada", começou por afirmar.
"A preocupação das pessoas era que eu levasse uma bolada na barriga ou caísse de barriga para baixo. Eu tenho uma criança aqui dentro, eu controlo todos os meus movimentos (...). Precisamos de quebrar esse tabu e entender que a gestação não vai acabar com a nossa profissão ou carreira", prosseguiu.
"Os clubes, agora, podem dar um suporte maior às atletas e avaliar se a jogadores está saudável, e, claro, com suporte médico e psicológico. Toda a mulher que decide ter uma gestação ativa, infelizmente, sofre críticas. Ainda existe a mentalidade de que a gravidez é sinónimo de repouso", completou.
Leia Também: Benfica e Sporting começam a disputar título de voleibol em 18 de abril