José Pereira, presidente da Associação Nacional de Treinadores, não acredita que o processo interposto pelo Benfica a Jorge Jesus devido à rescisão unilateral de contrato tenha o fim pretendido pelo Benfica.
"O treinador tem contrato com o clube até ao final de Junho mas também tem direito a um mês de férias. Auferindo do direito contratual que lhe faculta os 30 dias de licença, o treinador no final do mês de Maio deixa de exercer as suas funções, embora obrigado a determinados preceitos", disse em entrevista à Rádio Renascença.
O dirigente realçou ainda de ter sido noticiado que a sua saída do Benfica decorreu nos trâmites legais.
"O Jorge Jesus não fez nada de irregular. Em Junho, antes de ir de férias, como qualquer pessoa, acautelou o seu futuro profissional e no início de Junho assinou um contrato com o Sporting com efeito a partir do dia 1 de Julho. O que posso questionar é a data das notícias, que não é inocente. Os tribunais estão fechados e nada pode ser feito entretanto, por isso penso que isto foi, uma vez mais, uma forma de desestabilização".
"De acordo com o que é do conhecimento público, Jorge Jesus cumpriu contrato de forma nobre e elevada, levando o clube ao título nacional. É a demonstração inequívoca do empenhamento que sempre teve ao serviço do Benfica", acrescentou.
O Benfica apresentou uma queixa contra Jorge Jesus e exige uma indeminização de 7,5 milhões de euros.