No acumulado no ano, a inflação brasileira soma 0,75%, porcentagem acima dos 0,61% registados no mesmo período de 2018. Nos últimos doze meses o reajuste de preços no país está em 3,89%.
Em 2019, a meta do Governo brasileiro para a inflação é de 4,25%, podendo variar 0,5 pontos percentuais.
Sete das nove categorias pesquisadas pelo IBGE apresentaram uma variação positiva dos preços.
A maior alta aconteceu na categoria educação e foi impulsionada pelo reajuste das parcelas de mensalidades dos cursos regulares, que subiram 4,58%, e tiveram o maior impacto individual sobre a inflação neste período.
Os alimentos também exerceram pressão no índice, mas desaceleraram em comparação com janeiro, quando registaram uma subida de 0,90%.
O preço dos produtos da cesta de alimentação domiciliar subiram 1,24%, impulsionados pela alta do feijão (51,58%), da batata-inglesa (25,21%) e das hortaliças (12,13%).
Fernando Gonçalves, gerente do IBGE, destacou que as hortaliças costumam subir de preço nesse período.
"A demanda costuma aumentar nas estações mais quentes, então as variações são mais acentuadas", disse.
Já os preços do grupo habitação subiram 0,38% em fevereiro, pressionados pela alta de 1,14% na energia elétrica, que impactou o índice geral da inflação em 0,04 ponto percentual.
Já os preços do grupo transportes caíram 0,34% e, de acordo com o responsável do IGBE que coordena o cálculo do índice oficial da inflação do Brasil - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), Fernando Gonçalves, a queda de 16,65% nos preços das passagens aéreas foi o que segurou a inflação de fevereiro, com o maior impacto individual negativo, de -0,08 pontos percentuais.
"As passagens aéreas têm um peso grande no orçamento das famílias. É um momento de fim de férias de verão, começo das aulas, então os preços começaram a descer, também por conta do aumento no final do ano passado", concluiu Gonçalves.