Governo propõe aumentos na Função Pública que serão no máximo de 0,7%

O Governo propôs hoje aos sindicatos da função pública aumentos salariais iguais aos que serão aplicados às pensões, que no máximo serão de 0,7% em 2020, disse o dirigente da Fesap, José Abraão.

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Lusa
11/12/2019 17:58 ‧ 11/12/2019 por Lusa

Economia

Fesap

À saída da uma reunião com os secretários de Estado do Orçamento, João Leão, e da Administração Pública, José Couto, o líder da Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) considerou a proposta "uma ofensa".

José Abraão afirmou que os governantes propuseram que para o aumento salarial para os funcionários públicos seja aplicado "exatamente" a mesma fórmula que é usada para as pensões, que tem em conta a inflação sem habitação e o crescimento económico e cuja atualização é diferenciada, tendo em conta os valores das pensões.

"A proposta que o senhor secretário de Estado do Orçamento nos fez foi exatamente que iria aumentar os salários de todos os trabalhadores da administração publica no ano de 2020 utilizando a fórmula que vai ser utilizada para o aumento das pensões", disse José Abraão.

Se a proposta avançar tendo em conta a fórmula que é usada para as pensões, significa que os funcionários públicos com salários até 877,6 euros brutos terão um aumento de 0,7% e que os trabalhadores que ganhem entre 877,6 euros e 2.632,8 euros brutos terão uma atualização de 0,2%.

Já para valores superiores a 2.632,8 euros brutos não haverá atualização. Porém, segundo afirmou o líder da Fesap, os governantes garantiram na reunião que haverá aumentos salariais para todos os trabalhadores em 2020.

"Isto é uma provocação aos trabalhadores da administração pública, pese embora, em termos fiscais nos tenham dito que estão dispostos a fazer algumas correções com o objetivo de despenalizar as famílias com mais filhos", adiantou o dirigente sindical, acrescentando que o Governo "mostrou sensibilidade para corrigir a questão fiscal no que diz respeito aos assistentes técnicos e mostrou também sensibilidade para corrigir se a inflação no ano de 2020 for superior."

De acordo com o dirigente sindical, vai haver nova reunião suplementar na próxima sexta-feira com os sindicatos sobre as várias matérias e se não houver evolução na questão salarial "todas as formas de luta" estarão em cima da mesa.

José Abraão disse ainda que o executivo "manifestou disponibilidade para a celebração de um protocolo negocial" sobre várias matérias.

As rondas negociais com o Governo sobre as matérias orçamentais para a função pública estão a decorrer com a Frente Comum da CGTP e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).

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