Guiné Equatorial promete ajudar investidores afetados pelas novas regras

O ministro dos Hidrocarbonetos e Minas da Guiné Equatorial, Gabriel Lima, prometeu hoje apoiar as empresas petrolíferas e os investidores para compensar a obrigatoriedade de aprovação prévia pelos bancos relativamente a transferências superiores a 1.680 dólares.

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© Reuters

Lusa
17/12/2019 12:05 ‧ 17/12/2019 por Lusa

Economia

Guiné Equatorial

 

"A Guiné Equatorial compreende a necessidade de ser proativa na promoção do investimento e na conversação com os acionistas globais do setor da energia", disse o governante, acrescentando que o país "vai continuar a apoiar os investimentos no setor dos hidrocarbonetos, apesar das circunstâncias desafiantes".

Citado num comunicado de imprensa da Africa Energy, uma consultora especializada na promoção de grandes eventos no setor energético africano, o ministro concluiu com um convite aos investidores para que ajudem o país a impulsionar o setor do petróleo e energia.

Em causa está as dificuldades acrescidas que surgiram depois de o Banco dos Estados Centro-Africanos ter decidido, em julho, que o bloco monetário ficaria sujeito a novas regras que obrigam a que todas as transferências em moeda externa acima de 1.680 dólares seja aprovadas previamente pelos bancos, e que todas as receitas de exportações acima de 8.400 dólares sejam repatriadas num prazo máximo de 150 dias para uma conta bancária local.

"Estas rigorosas regras resultaram em atrasos nas transações de que chegam a três meses", lê-se no comunicado, que reconhece que as regras foram implementadas "para ordenar um bloco monetário inundado de petrodólares, que muitas vezes acabam em contas bancárias em paraísos fiscais sem sequer passarem nas economias locais, e para reduzir a lavagem de dinheiro e diminuir as reservas em moeda externa que estão a causar problemas monetárias na região" que usa o franco centro-africano.

O franco centro-africano é uma união monetária que inclui os países do Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Gabão, Camarões e República Centro-Africana.

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