O ano que agora terminou foi mais um de crescimento económico para Portugal. Aliás, nas palavras do ministro de Estado e das Finanças, Mário Centeno, o país foi mesmo o "campeão do crescimento", por ter registado um crescimento acima do da média da União Europeia (UE). Porém, nem tudo foram boas notícias, num ano em que o país quase parou por causa de uma greve de motoristas.
Quanto a este tema, já lá chegaremos. Janeiro é, por norma, um mês em que as finanças pessoais são mais complicadas. Passa o Natal, as compras, um período intenso de consumismo e, por isso, nesse mês os portugueses queriam era saber se tinham, ou não, direito à prestação compensatória - isto é, se estiveram de baixa no ano anterior.
Já em fereveiro, a notícia que mais chamou a atenção dos portugueses foi sobre a Mercadona. A cadeia de supermercados espanhola estabeleceu um salário mínimo de 1.300 euros em Espanha. Pouco depois, a empresa anunciou que iria abrir portas em Portugal no verão: em julho, inaugurou uma loja por semana, todas no Norte do país. O sucesso da Mercadona veio traduzir-se num desafio para a área dos supermercados em Portugal. Houve uma necessidade de reajustar posições.
Em março, os portugueses mostraram uma grande sensibilidade face à tragédia que aconteceu em Moçambique, quando o cliclone Idai fez várias centenas de mortos e deixou outros tantos desalojados. Por isso, nesse mês os portugueses quiseram saber como é que poderiam ajudar e como enviar roupas através dos CTT - Correios de Portugal.
Ainda não estávamos a meio do ano, mas o assunto prometia marcar os próximos meses: a greve dos motoristas de matérias perigosas. Abril foi um mês complicado por causa das posições divergentes entre os sindicatos que representam os motoristas e as empresas transportadoras. Três dias de greve foram suficientes para lançar o caos na semana antes da Páscoa: filas nos postos de abastecimento de combustível e escassez das matérias primas. O Governo teve mesmo de intervir no conflito e só assim a paralisação conheceu um fim. Porém, o conflito não ficaria por aqui, mas já lá vamos.
Antes disso, falamos de maio, mês em que as faturas de telecomunicações sofreram algumas alterações. As operadoras de telecomunicações passaram a estar obrigadas a disponibilizar, sem qualquer encargo, uma fatura que inclua o detalhe mínimo e a informação definidos pela Autoridade Nacional de Comunicações. Contudo, maio foi um mês importante no que diz respeito aos desenvolvimentos em torno do inquérito à Caixa Geral de Depósitos, com destaque para as declarações do empresário Joe Berardo: "Eu, pessoalmente, não tenho dívidas". É que, de acordo com uma auditoria da EY à gestão da CGD entre 2000 e 2015, o banco público tinha neste ano uma exposição na ordem dos 321 milhões de euros à Fundação Berardo e à Metalgest, sociedades do universo do empresário madeirense.
Em junho, ficámos a conhecer a história da bebé Matilde, uma criança com Atrofia Muscular Espinhal (AME) de tipo I. Matilde precisava de ter acesso a um medicamento que não estava disponível em Portugal e custava dois milhões de dólares - o mais caro do mundo. O Notícias ao Minuto foi perceber, junto da empresa que fabrica o fármaco, o motivo pelo qual tinha um preço tão elevado. Entretanto, a mediatização do caso levou a que o medicamento fosse comparticipado pelo Estado para todas as crianças com a patologia em Portugal.
Julho e agosto são, normalmente, meses mais calmos no que toca à cobertura jornalística. Nesse período de verão entrava em vigor uma lei que previa que o Fisco fosse informado das contas com montantes superiores a 50 mil euros, o que despertou o interesse dos portugueses. A par disto, os preços dos combustíveis preparavam-se para uma descida histórica, numa altura em que os motoristas de matérias perigosas avançavam para uma nova greve. Mas foi sol de pouca dura.
Em setembro e outubro começavam as novidades. Antes das eleições legislativas, que colocaram António Costa num novo mandato de quatro anos à frente do país, entrava em vigor um novo Código do Trabalho e, como seria de esperar, os portugueses queriam estar a par do que aí vinha. Outubro trouxe muitas novidades ao nível do trabalho, das pensões e da Segurança Social.
Em novembro, o foco já se voltava para o Orçamento do Estado para o próximo ano e, por isso, temas como as pensões e os aumentos da Função Pública regressaram à praça pública. Não é de estranhar que os portugueses quisessem saber se, afinal, têm direto à reforma mesmo não tendo descontado. Será isto possível?
Dezembro, último mês do 2019, ficou marcado pela antecipação das novidades para o ano que agora arranca. O Orçamento do Estado trouxe várias novidades, uma das quais se prende com um aumento dos salários para os trabalhadores da Função Pública - que não agradou os sindicatos. Seja como for e percentagens à parte, os trabalhadores do Estado pouco mais levarão para casa no final do mês.
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