Licínio Pina tem estado no 'olho do furacão' por causa de um alegado pagamento que o grupo do qual era presidente, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo (CCCAM), pagava à sua mulher para garantir "estabilidade emocional". Por este 'serviço' auferia 2.000 euros, de acordo com o número avançado pelo Jornal de Notícias. Entretanto, o Observador adianta, esta sexta-feira, que o Banco de Portugal (BdP) validou a recondução do banqueiro no cargo, já depois de o pagamento ter sido encerrado.
O Notícias ao Minuto já entrou em contacto com o regulador, aguardando esclarecimentos, bem como já colocou algumas perguntas ao Crédito Agrícola sobre este assunto, mas até ao momento ainda não foi possível obter uma resposta.
O caso é complexo e os prazos não são claros. Ao que indica o Jornal de Notícias, a mulher de Licínio Pina, a antiga professora Maria Ascensão Pina, terá recebido dois mil euros durante cerca de dois anos, a contar desde 2016, para dar "estabilidade emocional" ao seu marido. Entretanto, outros meios de comunicação dizem que a mulher do banqueiro exercia funções de assessoria.
O caso foi denunciado de forma anónima ao Banco de Portugal que, na altura, questionou a instituição bancária sobre a situação. O pagamento terá sido suspenso nessa época e por causa das questões levantadas pelo BdP, de acordo com o Expresso, mas entretanto o banqueiro recebeu 'luz verde' para um novo mandato.
Ou seja, o pagamento polémico não impediu que Licínio Pina voltasse a assumir o cargo de presidente executivo do grupo. Segundo o Observador, o conselho de administração da instituição foi reeleito e os seus elementos foram avaliados no quadro do processo 'fit and proper', que funciona como um teste de idoneidade.