Sindicato fala em 90% de adesão à greve na Resinorte, empresa regista 36%

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) avançou que a greve na recolha seletiva na Resinorte, que afeta dezenas de concelhos do Norte, registou hoje cerca de 90% de adesão, enquanto a empresa aponta para 36%.

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Lusa
27/12/2019 18:15 ‧ 27/12/2019 por Lusa

Economia

STAL

Em declarações à agência Lusa, Joaquim Sousa, do STAL, apontou que "no sistema operativo da Resinorte a adesão à greve foi muito grande", apontando para cerca de 90% de adesão.

Já em comunicado, o grupo EGF, que detém a Resinorte, fala em 36% de adesão no dia de hoje.

Em causa uma greve que teve início às 00:00 de quinta-feira e prolongou-se até hoje, acontecendo na Resinorte e na Resiestrela, empresas de recolha seletiva e tratamento de resíduos do Norte e Centro interior, ambas do grupo EGF.

As paralisações abrangem 35 municípios da região Norte (Resinorte) e 14 concelhos dos distritos da Guarda e de Castelo Branco.

Na quinta-feira a empresa apontou para uma adesão à greve de 39%, enquanto fonte do STAL falou em "quase 100%".

Nota do sindicato, enviada à agência Lusa, no início desta semana apontava como reivindicações dos trabalhadores, "a melhoria dos salários e de outras prestações pecuniárias, nomeadamente, do subsídio de refeição, transporte, e a recuperação do poder de compra perdido", bem como "o respeito pela contratação coletiva e respostas sérias às propostas sindicais de negociação de um acordo coletivo de trabalho, que normalize e constitua um instrumento de efetiva melhoria das condições de trabalho".

A valorização dos trabalhadores e das suas carreiras profissionais, bem como um seguro de saúde para todos, e o seu alargamento ao agregado familiar, são outras das exigências dos trabalhadores.

No comunicado de hoje, a EGF indica que a administração mantém "desde o início uma política de diálogo, recebendo sempre o sindicato, ouvindo as suas reivindicações e procurando, na medida do possível, dar resposta aos problemas identificados, dando sempre a conhecer os racionais de decisão associados a cada uma das medidas tomadas".

Contactado pela Lusa, Joaquim Sousa negou "qualquer contacto recente" e garantiu existir um pedido de reunião desde 05 de novembro que diz estar "pendente de resposta".

 

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