Em declarações à Lusa a propósito de estado de degradação daquele viaduto sob a Linha do Norte, Ribau Esteves disse ter trocado correspondência com a administração da Infraestruturas de Portugal (IP), em que é clarificada a responsabilidade que cabe a cada entidade e em que recebeu a informação de que, embora em condição deficitária, não está em risco a segurança daquela passagem desnivelada.
A IP classificou o estado de conservação do Viaduto de Esgueira como em "condição deficitária", resultante de fissuras no tabuleiro, mas "nada que comprometa a segurança estrutural da obra de arte", que tem uma intervenção planeada para 2024, segundo explicou à Lusa o autarca.
Ribau Esteves procurou esclarecer, em maio, as responsabilidades pela manutenção e conservação daquela passagem desnivelada, recebendo como resposta da administração da IP que, dentro do princípio de utilizador/pagador, não obstante ter sido a Câmara de Aveiro a construir o viaduto, a responsabilidade estrutural é da IP, dado que o comboio utiliza o tabuleiro superior.
Ainda de acordo com a administração da IP, cabe à Câmara assumir a conservação e manutenção dos muros e drenagens, o que Ribau Esteves diz estar contemplado na obra de reformulação rodoviária da zona, cuja elaboração de projetos foi já adjudicada.
A construção de duas novas rotundas a nascente e a poente do túnel de Esgueira e a requalificação do mesmo (sob a Linha do Norte) foi já adjudicada a um gabinete projetista, no âmbito do Plano de Ação para a Regeneração Urbana do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano da Cidade de Aveiro (PEDUCA).
"Está ainda prevista a recuperação dos elementos de arte urbana nas paredes do viaduto", revela o autarca.
O PCP emitiu na quarta-feira um comunicado em que considera urgente intervir no viaduto de Esgueira, observando que a requalificação da área pelo município "não inclui qualquer intervenção" naquela estrutura e em que chama a atenção para a necessidade de recuperar os panos de azulejo, da autoria de Vasco Branco, que a decoram.