O Presidente taiwanês, Lai Ching-te, tinha afirmado na véspera que a ilha, que procura proteger os seus exportadores de uma tarifa de 32%, estava "na primeira lista de negociações" do Governo norte-americano.
No início da semana, o Presidente dos EUA, Donald Trump, adiou por três meses as tarifas punitivas impostas a vários parceiros comerciais, incluindo Taiwan, após a perda de triliões de dólares nos mercados globais.
Trump manteve as tarifas globais de 10% sobre a maioria dos países, mas suspendeu os planos de impostos mais elevados sobre outros, com exceção da China.
Em comunicado, o Gabinete de Negociações Comerciais de Taiwan afirmou que os seus representantes realizaram uma videoconferência na sexta-feira com "funcionários norte-americanos relevantes", sem os identificar.
Os representantes trocaram pontos de vista sobre os direitos aduaneiros recíprocos entre Taiwan e os Estados Unidos, os obstáculos comerciais não tarifários e uma série de outras questões económicas e comerciais, incluindo os controlos das exportações", refere o comunicado.
"Ambas as partes esperam conduzir negociações de acompanhamento... num futuro próximo e construir conjuntamente uma relação económica e comercial forte e estável."
O excedente comercial de Taiwan com os EUA é o sétimo mais elevado de todos os países, tendo atingido 73,9 mil milhões de dólares (cerca de 65,2 mil milhões de euros) em 2024.
Cerca de 60% das exportações de Taiwan para os EUA são de produtos de tecnologia da informação e comunicação, incluindo semicondutores.
Os semicondutores foram isentos das novas tarifas impostas por Donald Trump.
Muitos taiwaneses ficaram chocados com a amplitude das tarifas, enquanto os planos da gigante de chips Taiwan Semiconductor Manufacturing Co (TSMC) de investir mais 100 mil milhões de dólares nos EUA tinham levantado esperanças de que a ilha pudesse ser poupada.
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