"É muito positivo que o Governo tenha vindo ao encontro das reivindicações do movimento sindical e que neste documento de emergência tenha dado mais poderes à Autoridade para as Condições do Trabalho para que não permita despedimentos por parte de empresas com menos escrúpulos", disse à agência Lusa o secretário-geral da UGT, Carlos Silva.
O sindicalista também ficou satisfeito com o facto de os recursos humanos da ACT poderem agora ser reforçados com inspetores de outras áreas da administração pública.
"Esta é uma medida há muito reivindicada pelos sindicatos, mas o Governo agora assumiu um compromisso com o movimento sindical e com a sociedade civil e assim, durante 15 dias, a ACT vai ter poderes e capacidade para travar a sangria dos despedimentos", afirmou.
Sem querer generalizar, Carlos Silva disse que há sempre maus exemplos entre as empresas que estão a beneficiar dos apoios estatais e referiu um caso de uma empresa que tem os trabalhadores em 'lay-off', pago maioritariamente pela Segurança Social, e os coloca a trabalhar alguns dias por semana.