Com a iniciativa hoje anunciada, os bancos Bradesco, Itaú Unibanco e Santander, que em 2019 somaram um lucro líquido de 12 mil milhões de dólares (cerca de 11 mil milhões de euros), pretendem adquirir cerca de 15 milhões de máscaras para ajudar as autoridades de Saúde a conter a disseminação do novo coronavírus no Brasil, o país latino-americano mais afetado pela pandemia.
O esforço conjunto do setor bancário também visa "apoiar os negócios de pequenos empresários", uma vez que as máscaras serão produzidas por microempresas, "investindo na sua capacidade produtiva e garantindo a compra da sua produção".
"Parece um grão de areia diante de um enorme desafio", disse o presidente do Bradesco, Octavio de Larazi Junior, que acrescentou que "essa contribuição pretende ajudar aqueles que estão na linha de frente do combate ao coronavírus, assim como as pessoas que vivem em comunidades vulneráveis".
Na mesma linha, o presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, destacou a importância das "redes de solidariedade" neste momento, que "pede medidas urgentes e a colaboração de todos".
Já o presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, frisou o compromisso da instituição bancária "quer com soluções de negócios, quer com o reforço da capacidade de enfrentar os impactos da pandemia" no país.
O Itaú Unibanco, a maior instituição financeira privada do Brasil, obteve no ano passado um lucro líquido recorde de 28.363 milhões de reais (cerca de 4,9 mil milhões de euros).
Por sua vez, o Bradesco fechou 2019 com um lucro líquido de 22.582 milhões de reais (3,9 mil milhões de euros) no ano passado, seguido pelo Santander, que alcançou um lucro líquido de 14.500 milhões de reais (2,5 mil milhões de euros).
O Governo brasileiro informou na quinta-feira que o Brasil tem 299 mortos e 7.910 infetados pelo novo coronavírus, naquele que foi o terceiro dia consecutivo em que o país sul-americano ultrapassa os mil casos confirmados da covid-19.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 55 mil.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com cerca de 574 mil infetados e mais de 40 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, 14.681 óbitos em 119.827 casos confirmados até hoje.