Num comunicado enviado à agência Lusa, o banco anuncia que os clientes com a sua pensão domiciliada numa conta BPI, "vão poder dispor do seu dinheiro a partir do dia 6 de abril, sem necessidade de esperar pelo dia 9, data habitual de pagamento".
O BPI acrescenta que "não vai cobrar qualquer juro (taxa 0%) e que suportará todos os custos da antecipação".
"O objetivo é contribuir para proteger a população com idade superior a 65 anos, permitindo o levantamento faseado e evitando a aglomeração de pessoas no dia 9 de abril, em que os balcões dos bancos funcionam apenas até às 13h00".
No comunicado, o banco adianta que "colocou em marcha um plano especial de informação e organização de marcações para os clientes com mais de 65 anos que desejem receber a sua pensão ao balcão, ao longo dos próximos dias".
"A decisão do BPI permite também cumprir as recomendações das autoridades em matéria de mobilidade e saúde, garantindo igualmente que as medidas de prevenção na rede comercial mantêm a sua eficácia", acrescenta.
O banco afirma que está a contactar os clientes que habitualmente pretendem receber a sua pensão em numerário" e que "as equipas da rede comercial do BPI estão a explicar as diferentes possibilidades, que permitem evitar deslocações que não sejam estritamente necessárias".
Caso algum cliente deseje acorrer ao balcão para receber a pensão, será agendada previamente uma hora de visita com o objetivo de reduzir ao máximo a sua estada fora do domicílio, e evitar que se gerem aglomerações junto aos balcões, acrescenta o banco.
O BPI sugere que os clientes privilegiem o uso dos meios digitais ou telefónicos para realizar operações bancárias, nomeadamente o BPI Net, BPI App ou BPI Direto (707 020 500 ou 21 720 77 07), disponíveis 24 horas por dia. Os meios digitais ou telefónicos também devem ser o meio de contacto para falar com o gestor bancário, aconselha o banco.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 60 mil.
Dos casos de infeção, mais de 211 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com cerca de mais de 603 mil infetados e mais de 43 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, 14.681 óbitos em 119.827 casos confirmados.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 266 mortes, mais 20 do que na véspera (+8,1%), e 10.524 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 638 em relação a sexta-feira (+6,5%).
Dos infetados, 1.075 estão internados, 251 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 75 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.
O Governo declarou, no dia 17 de março, o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.