Calhoun, que falava numa reunião da Boeing, anunciou que são precisos três a cinco anos para que os dividendos da Boieng sejam restaurados, com o grupo aeronáutico a ser bastante atingido pelas consequências económicas da crise causada pela pandemia de covid-19.
Estas dificuldades acrescem aos problemas que o grupo tem enfrentado com o aparelho 737 MAX.
"Esta crise sanitária é diferente de tudo o que conhecemos antes", afirmou Calhoun, acrescentando que haverá um período de "vários anos" antes de se atingir os níveis anteriores à pandemia.
Calhoun traçou um quadro sombrio quanto às perspetivas do setor aéreo em geral e da Boeing em particular.
"Sabemos que teremos que pedir dinheiro emprestado nos próximos seis meses", afirmou.
Antes desta crise, a Boeing já enfrentava dificuldades devido à paragem dos aviões 737 MAX, impedidos de voar há mais de um ano devido a dois acidentes que causaram 346 mortos.
Na quarta-feira, a Boeing deverá apresentar os seus resultados trimestrais antes da abertura de Wall Street.
Desde o início do ano, as ações da empresa já registaram uma desvalorização de mais de 60% na praça nova-iorquina.