"Vamos apresentar esta noite [terça-feira] um pedido oficial de ajuda do Estado", declarou o porta-voz da AUA, Peter Thier, à agência noticiosa APA, especificando aquele montante.
Uma parte do montante pretendido refere-se a empréstimos a reembolsar e outra a subvenções diretas, a negociar, adiantou.
Estas ajudas entrariam no quadro do fundo de 15 milhões de euros criado recentemente pelo Estado austríaco para ajudar empresas, através de uma nova agência governamental, batizada COFAG.
No total, o Governo austríaco reservou 38 mil milhões de euros para financiar medidas de apoio à economia, que lhe permita responder à crise resultante da pandemia da covid-19.
A Austrian Airlines, que tem quase todos os aviões no chão desde 18 de março, situação que se deve prolongar até 03 de maio, anunciou na semana passada que ia reduzir em 25% a sua frota até 2022, em consequência do choque sofrido pelo transporte aéreo.
A empresa austríaca acrescentou que não esperava um regresso da procura ao nível anterior a esta crise antes de 2023.
A ajuda solicitada pela AUA faz parte das discussões mais alargadas promovidas pela casa-mãe, a Lufthansa, com os poderes públicos para evitar a falência.
O primeiro grupo europeu do transporte aéreo pode vir a receber ajudas do Estado alemão no montante de nove mil milhões a 10 mil milhões de euros, segundo a agência noticiosa alemã DPA, que cita fontes governamentais.
A Lufthansa está a discutir com os governos da Bélgica e Suíça, outros países onde está implantada.
O Governo austríaco, dirigido por uma coligação entre conservadores e ecologistas, pretende condicionar a sua eventual ajuda a contrapartidas ambientais.
Segundo o diário austríaco Kurier, as discussões de Viena com a Lufthansa incidiriam igualmente sobre uma entrada do Estado austríaco no capital do grupo alemão, algo que este não vê com bons olhos.
Cerca de sete mil pessoas são trabalhadoras da AUA, que não detalhou o impacto da reestruturação no emprego.