O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, apelou, esta segunda-feira, à utilização de máscara por parte dos utilizadores dos transportes públicos e afirmou que, para já, neste primeiro dia, é possível manter o distanciamento social nos comboios.
"Estamos no início de um período de desconfinamento e no primeiro dia desse período. (...) Neste primeiro dia foi reposta a 100% toda a oferta, a IP colocou sinalização em todas as estações. Podemos constatar, primeiro, neste primeiro dia, que não temos grandes enchentes aos comboios, estamos com uma boa lotação dos comboios que permite distanciamento e constatamos também que a esmagadora maioria está a usar máscara", disse Pedro Nuno Santos, em declarações aos jornalistas, transmitidas pela RTP3, numa visita à Central de Segurança da Infraestruturas de Portugal, em Santa Apolónia, para acompanhar as medidas de reforço da oferta de comboios.
"Nos próximos dias a pressão sobre os transportes públicos e sobre os comboios, em particular, pode aumentar e as forças de segurança vão fazer cumprir a lei. A não utilização de máscara implica uma coima elevada", reforçou Pedro Nuno Santos.
Na quinta-feira, saliente-se, a CP anunciou a reposição do horário integral dos comboios Urbanos de Lisboa, Porto e Coimbra, a partir desta segunda-feira, assim como dos serviços Regionais e Interregionais. Já os comboios dos serviços Alfa Pendular e Intercidade mantêm-se com redução de oferta, como acontece desde 14 de abril.
Nas linhas onde já temos alguns problemas é praticamente impossível reforçarmos a oferta"Aproveitar também para apelar a que continuemos a cumprir as normas de higienização que fomos aprendendo. A máscara é fundamental para nos protegermos a nós e aos outros", reforçou o ministro das Infraestruturas.
De sublinhar que os passageiros dos transportes públicos que desrespeitem o uso obrigatório de máscaras ou viseiras, devido à pandemia da Covid-19, incorrem numa coima de entre 120 e 350 euros, segundo um diploma publicado em Diário da República.
"Neste momento repusemos a oferta a 100%. (...) As pessoas vão regressar ao trabalho, vão querer usar o comboio, as ligações estão reforçadas", concluiu Pedro Nuno Santos, referindo-se à reposição dos comboios em circulação.
"Vamos monitorizando a utilização dos nossos comboios, mas nas linhas onde já temos alguns problemas é praticamente impossível reforçarmos a oferta porque temos o canal nas horas de ponta cheio – ou seja, temos dificuldade em conseguir injetar mais comboios nas horas de ponta. E, por isso, vamos ter de lidar com esta dificuldade", disse Pedro Nuno Santos, sobre um eventual reforço da oferta de comboios.
O início do plano de desconfinamento esta segunda-feira, 4 de maio, marca também o regresso da CP a "novos padrões de mobilidade, enquadrados nas determinações da Direcção-Geral de Saúde e das demais autoridades e respeitando o atual quadro de pandemia que vivemos", de acordo com uma nota do Ministério das Infraestruturas e Habitação.
Portugal inicia hoje o primeiro "dia útil" da situação de calamidade devido à pandemia de covid-19, com a reabertura condicionada de lojas, cabeleireiros, livrarias e comércio automóvel.