Sindicato da Construção pede intervenção do PR no combate à pandemia
O Sindicato da Construção de Portugal apela à intervenção do Presidente da República para garantir um efetivo combate à pandemia no setor, garantindo que sem a obrigatoriedade de testes gratuitos poderá haver "centenas ou milhares" de trabalhadores infetados.
© Getty Images
Economia Covid-19
"<span class="nanospell-typo">Atualmente a fileira da construção tem cerca de 400 mil trabalhadores. Já deviam as entidades ligadas à saúde e o Governo ter tomado medidas para a obrigatoriedade da realização, por concelho, de testes gratuitos a todos os trabalhadores", sustenta o presidente do sindicato numa carta dirigida a Marcelo Rebelo de Sousa e hoje divulgada.
"Se estas medidas não forem tomadas -- acrescenta Albano Ribeiro - um dia destes podemos estar perante centenas ou milhares de casos de trabalhadores infetados no setor".
De acordo com o dirigente sindical, os verdadeiros empresários do setor da construção "têm uma atitude de respeito pelos trabalhadores", mas "o tratamento dos patrões perante os seus colaboradores é uma autêntica vergonha: não têm máscaras, comem todos juntos, sem manter as distâncias, e deslocam-se para as obras em carrinhas lotadas".
Já quanto aos testes para despiste da covid-19 no setor, "ninguém os está a fazer", garante.
Salientando que o setor da construção "é o que mais pode contribuir para que a economia não seja mais afetada, porque irão ser criados mais de 100 mil postos de trabalho nos planos anunciados pelo Governo na área da ferrovia, hospitais e reabilitação de edifícios públicos e privados", Albano Ribeiro pede ao Presidente da República que, tal como fez na Autoeuropa, "visite também obras do setor".
Portugal contabiliza 1.184 mortos associados à covid-19 em 28.319 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Relativamente ao dia anterior, há mais 9 mortos (+0,8%) e mais 187 casos de infeção (+0,7%).
O país entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
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