A Covid-19 veio alterar significativamente as expectativas para os próximos meses e um relatório do Fórum Económico Mundial, divulgado esta terça-feira, revela que a recessão prolongada, um acentuado desemprego e a possibilidade de haver um novo surto saltaram para o topo das preocupações dos líderes mundiais.
"A instabilidade económica e o descontentamento social vão aumentar nos próximos 18 meses a menos que os líderes mundiais, empresas e responsáveis políticos trabalhem em conjunto para gerir as consequências da pandemia. À medida que as economias reiniciam, há uma oportunidade para integrar uma maior igualdade social e sustentabilidade nesta recuperação, o que poderá desencadear uma nova era de prosperidade", pode ler-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Estas conclusões resultam de um inquérito realizado a 350 gestores de risco, aos quais foi solicitado que perspetivassem os próximos 18 meses, classificando as suas principais preocupações, em termos de probabilidade e de impacto, tanto para o mundo como para as empresas.
"Esta crise devastou vidas e meios de subsistência. Despoletou uma crise económica com profundas implicações, trazendo as insuficiências do passado à superfície. Tal como na gestão do efeito imediato da pandemia, agora os líderes têm de trabalhar em conjunto e com todos os sectores da sociedade para enfrentar os riscos emergentes já conhecidos e construir resiliência contra o desconhecido. Temos uma oportunidade única para aprender com esta crise e começar a fazer as coisas de forma diferente e reconstruindo melhores economias que sejam mais sustentáveis, resilientes e inclusivas”, refere Saadia Zahidi, 'managing director', do World Economic Forum, citado no mesmo comunicado.