Número de desempregados inscritos aumenta 34% em maio

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 34% em maio face ao mesmo mês do ano anterior e 4,2% comparando com abril, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

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Lusa
22/06/2020 11:29 ‧ 22/06/2020 por Lusa

Economia

IEFP

De acordo com o IEFP, no final de maio, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 408.934 desempregados, número que representa 75,1% de um total de 544.351 pedidos de emprego.

O total de desempregados aumentou em 103.763 (mais 34%) em termos homólogos e em 16.611 (mais 4,2%) em relação ao mês anterior.

É preciso recuar a janeiro de 2018, quando se registaram 415.539 desempregados inscritos no IEFP, para encontrar um número superior ao verificado em maio de 2020.

O aumento do desemprego ocorre no mês em que Portugal deixou o estado de emergência devido à pandemia da covid-19 e passou ao estado de calamidade e ao levantamento gradual das medidas de confinamento.

Para a subida do desemprego face ao mês homólogo de 2019 "contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para as mulheres, os adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário", indica o IEFP.

O desemprego aumentou, por comparação ao mês anterior, na generalidade das regiões, com exceção para o Alentejo, onde caiu 1,4%.

Quanto aos aumentos homólogos por regiões, o mais significativo registou-se no Algarve, com uma subida de 202,4%.

No oposto, encontra-se a região dos Açores, com uma quebra homóloga de 2,4%.

Por grupos profissionais dos desempregados registados no continente, os mais representativos são os "trabalhadores não qualificados" (25,4%), seguindo-se os "trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores" ((21,6%), "pessoal administrativo" (11,7%), "trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices" (11,5%) e "especialistas das atividades intelectuais e científicas"(9,3%).

Quanto à atividade económica de origem do desemprego, dos 358.876 desempregados que, no final de maio, estavam inscritos como candidatos a novo emprego no continente, 72,4% tinham trabalhado em atividades do setor dos serviços, com destaque para as "atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio"(30%) e para o setor secundário (21,5%), em particular a construção(6,7%) e o setor "agrícola" (3,9% dos desempregados).

O desemprego aumentou nos três setores de atividade económica face ao mês homólogo de 2019, com maior expressão no setor dos serviços, onde aumentou 44,7%.

"A desagregação deste ramo de atividade económica permite observar que as subidas percentuais mais acentuadas, por ordem decrescente, se verificaram nas atividades de: "Alojamento, restauração e similares" (+89,3%), "Transportes e armazenagem" (+62,8%) e "Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio" (+57,5%)", refere o IEFP.

No setor secundário, destaca-se a subida na "indústria do couro e dos produtos do couro", com aumento homólogo de 58,8%, na "fabricação de veículos automóveis, componentes e outros equipamentos de transporte" (mais 45,9%) e na "indústria metalúrgica de base e fabricação de produtos metálicos"(45,4%).

As ofertas de emprego por satisfazer, no final de maio, totalizavam 11.462 nos serviços de emprego de todo o país, o que corresponde a uma redução anual de 7.368 (39,1%) e a um aumento mensal de 522 (4,8%) das ofertas em ficheiro.

Ao longo do mês de maio inscreveram-se 47.091 desempregados nos centros de emprego do país, mais 8.889 (23,3%) em termos homólogos e menos 18.451 (28,2%) comparando com abril.

As ofertas de emprego recebidas ao longo do mês totalizaram 6.971, número inferior ao do mês homólogo em 6.590 (menos 48,6%) e superior ao do mês anterior em 3.829 (mais 121,9%).

As atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês no continente foram as "atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio" (29,1%), "comércio por grosso e a retalho"(11%), "construção"(10,6%) e "administração pública, educação, atividades de saúde e apoio social"(8,4%).

As colocações totalizaram 4.467 em todo o país, menos 43,5% face ao mês homólogo e mais 91,6% em relação ao mês anterior.

A análise das colocações por grupos de profissões mostra uma maior concentração nos "Trabalhadores não qualificados" (33,2%), nos "Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices" (17,4%) e nos "Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores"(12,1%).

 

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