Dias depois de ter denunciando que os apoios aprovados pelo Governo eram "muito insuficientes" para fazer face à conjuntura atual, o veto hoje publicado de Marcelo Rebelo de Sousa torna a situação "ainda mais difícil, prevendo-se o encerramento ainda mais acelerado", refere a nota de imprensa enviada à Lusa.
"A associação garante que muito em breve iremos assistir ao encerramento, de pelo menos 40.000 empresas e ao despedimento de 150.000 trabalhadores", acrescenta a PRO.VAR.
Para sustentar a afirmação, a associação disse basear-se em "vários inquéritos e na análise das 812 empresas que responderam, em simultâneo aos vários inquéritos" feitos "entre os dias 13 de abril e 19 de junho.
Das conclusões obtidas, a PRO.VAR destaca que "mais de 50% das empresas não tiveram acesso às linhas de crédito de apoio à tesouraria", que as que reuniram "condições de acesso às linhas de crédito e que têm pedidos de crédito aprovados, ainda se encontram cerca de 40% a aguardar por essas verbas".
"Metade (50,1%) dos espaços de restauração estão com quebras superiores a 80%", "dois em cada três restaurantes têm quebras superiores a 70%" e "um em cada três espaços de restauração, têm quebras menores, mas mesmo assim, a maioria das quebras situam-se entre os 30% e os 60%", são outros dos resultados do inquérito apurados.
Portugal contabiliza pelo menos 1.540 mortos associados à covid-19 em 39.737 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).