A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) esteve esta terça-feira no Terreiro do Paço, em Lisboa, com um manifesto pacífico para sensibilizar o Governo para a necessidade de medidas urgentes para um setor que garantem estar em "desespero".
Contactado pela Lusa, o Ministério da Economia indicou que já tem uma proposta de orientações para o funcionamento do setor dos eventos, indicando que é "muito complexo" por envolver várias áreas de atividade.
"Já temos uma proposta de despacho interpretativo para o qual estamos a tentar reunir o máximo de consenso possível. É um assunto complexo, dada a disparidade das atividades económicas que estão aqui em causa", indicou a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, à mesma agência.
Pedro Magalhães, presidente da direção da APSTE, havia indicado ao Notícias ao Minuto que o setor estava a ser ignorado. “As pessoas olham muito para o que tem mais visibilidade, como os hotéis, a restauração, e o nosso setor nunca aparece. Sem o nosso setor o turismo de negócios não existia, não existiriam empresas para dar resposta a estes grandes congressos”, disse.
"Queremos um dia voltar" foi o mote do protesto, que decorreu a partir das 20h00 e que assentou na colocação, na Praça do Comércio, de várias instalações compostas por malas de porão, com as insígnias de cada empresa.
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— Miguel Bastos (@miguelbastos) August 11, 2020
Nas fachadas dos edifícios foi reproduzido um 'video mapping' com “imagens, vídeos e frases que refletem o estado de espírito do setor e que demonstram e sustentam o apagão económico que o mesmo está a sentir”.
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— Cris (@cris_moniz65) August 11, 2020
Os serviços e técnicos para eventos são uma parte indispensável da cultura e foram largados. Querem apoio e respeito. E poder voltar a trabalhar. #APSTE #Queremosumdiavoltar pic.twitter.com/Hi5djwJ7kM
— Maria Escaja (@mariaescaja) August 11, 2020
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A Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE) solidarizou-se com a manifestação organizada pela APSTE, indicando, através de email enviado às redações, que se trata de "um setor que continua impedido de trabalhar e se sente excluído dos mecanismos de apoio que têm sido ativados no âmbito da pandemia de Covid-19".
"O setor dos eventos e congressos precisa urgentemente de respostas concretas por parte da entidade governamental e da definição de medidas de apoio que nos permitam aguentar todo um setor que se encontra completamente imobilizado", sustenta a associação.