Covid-19: Economia holandesa contrai 8,5% no 2.º trimestre

A economia holandesa sofreu uma contração de 8,5% no segundo trimestre de 2020, em comparação com o trimestre anterior, divulgou hoje o Departamento Central de Estatística dos Países Baixos, que qualifica esta queda de "catastrófica".

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© Getty Images

Lusa
14/08/2020 12:00 ‧ 14/08/2020 por Lusa

Economia

Covid-19

De acordo com a agência de notícias EFE, o economista-chefe da instituição esclareceu que mais de metade daquela redução, que é inferior à média da zona euro, se deve a uma queda nos gastos das famílias.

Para aquele responsável, trata-se de uma contração "catastrófica" para o crescimento económico da Holanda, uma vez que não é comparável "com nada, nem mesmo com a depressão dos anos 1930".

Os números hoje divulgados referem-se aos meses de abril, maio e junho, nos quais o país estava em bloqueio parcial, como uma das medidas para conter a propagação da covid-19.

Já o ministro holandês dos Assuntos Sociais e do Emprego, Wouter Koolmees, descreveu esta redução como "grave", embora admita não ter sido surpreendido pelos valores.

"Já estávamos à espera, de qualquer forma, temos pacotes de emergência para absorver os golpes mais fortes", acrescentou Woulter Koolmes, considerando que, apesar de "enorme" e "sem precedentes" no país, a contração podia ter sido pior, como, por exemplo, no Reino Unido, Itália e Espanha.

Esta é a primeira vez que a economia holandesa sofre uma contração desde 2013.

O mínimo anterior à contração do segundo semestre de 2020 foi registado no primeiro trimestre de 2009, durante a anterior crise financeira, quando o Produto Interno Bruto (PIB) holandês baixou 3,6% de um trimestre para o outro, ainda assim, muito menos do que os valores hoje divulgados.

As medidas para combater a pandemia paralisaram setores inteiros da economia mundial e levaram o Fundo monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 4,9% em 2020, arrastada por uma contração de 8% nos Estados Unidos, de 10,2% na zona euro e de 5,8% no Japão.

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