De acordo com a agência de notícias EFE, o economista-chefe da instituição esclareceu que mais de metade daquela redução, que é inferior à média da zona euro, se deve a uma queda nos gastos das famílias.
Para aquele responsável, trata-se de uma contração "catastrófica" para o crescimento económico da Holanda, uma vez que não é comparável "com nada, nem mesmo com a depressão dos anos 1930".
Os números hoje divulgados referem-se aos meses de abril, maio e junho, nos quais o país estava em bloqueio parcial, como uma das medidas para conter a propagação da covid-19.
Já o ministro holandês dos Assuntos Sociais e do Emprego, Wouter Koolmees, descreveu esta redução como "grave", embora admita não ter sido surpreendido pelos valores.
"Já estávamos à espera, de qualquer forma, temos pacotes de emergência para absorver os golpes mais fortes", acrescentou Woulter Koolmes, considerando que, apesar de "enorme" e "sem precedentes" no país, a contração podia ter sido pior, como, por exemplo, no Reino Unido, Itália e Espanha.
Esta é a primeira vez que a economia holandesa sofre uma contração desde 2013.
O mínimo anterior à contração do segundo semestre de 2020 foi registado no primeiro trimestre de 2009, durante a anterior crise financeira, quando o Produto Interno Bruto (PIB) holandês baixou 3,6% de um trimestre para o outro, ainda assim, muito menos do que os valores hoje divulgados.
As medidas para combater a pandemia paralisaram setores inteiros da economia mundial e levaram o Fundo monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 4,9% em 2020, arrastada por uma contração de 8% nos Estados Unidos, de 10,2% na zona euro e de 5,8% no Japão.