A entidade, citada pela agência Efe, publicou uma atualização do seu barómetro, cujo índice se situa em 84,5 pontos, 15,5 abaixo do valor de referência de 100, menos 18,6 pontos do que no mesmo período de 2019.
A organização indicou que este resultado é consistente com a sua estimativa em junho passado, na qual apontava para uma queda de 18,5% do Comércio de Mercadorias no segundo trimestre do ano.
Todos os itens que compõem o barómetro estão abaixo da tendência e vários registaram mínimos históricos recorde, com alguns a começarem a dar sinais de melhoria.
Os índices relativos a produtos automóveis e transporte aéreo de mercadorias registaram os piores resultados desde 2007, com 71,8 e 76,5 pontos, respetivamente.
O transporte marítimo de carga também se mantém em baixa, com 86,9.
A carteira de encomendas para exportação, por sua vez, começa a dar sinais de recuperação (88,4).
Os setores do barómetro menos afetados foram os componentes eletrónicos (92,8) e os bens agrícolas não processados (92,5).
Ainda que o ambiente se mantenha negativo, a OMC sublinhou que a sua evolução está em linha com o cenário menos pessimista que tinha traçado em abril passado, que indicava que o volume de comércio de mercadorias poderia reduzir-se este ano em 13% em relação ao ano passado.
Ao mesmo tempo, o organismo moderou as suas previsões de que 2021 seria um ano de recuperação acentuada, o que, face à evolução verificada no terreno, pode agora ser visto como excessivamente otimista.
"Dado que a incerteza continua elevada, em termos de políticas económicas e comerciais, e acerca da evolução da crise sanitária, uma recuperação em forma de L [um cenário mais pessimista] é uma possibilidade real", diz a OMC no seu barómetro.