O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou, esta segunda-feira, que a queda do produto interno bruto (PIB) foi de 16,3% no 2.º trimestre do ano, em linha com a segunda estimativa divulgada em meados de agosto, naquele que foi o período mais afetado pela pandemia do novo coronavírus.
"No 2º trimestre de 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) registou uma taxa de variação homóloga de -16,3% em volume, após a redução de 2,3% no trimestre anterior. A forte contração da atividade económica refletiu o impacto da pandemia Covid-19 que se fez sentir de forma mais intensa nos primeiros dois meses do segundo trimestre", pode ler-se no relatório do INE.
A procura interna apresentou um contributo negativo para a variação homóloga do PIB consideravelmente mais acentuado que o observado no trimestre anterior (passando de -1,2 para -11,9 pontos percentuais (p.p.)), refletindo a expressiva contração do consumo privado e do investimento.
Já face ao primeiro trimestre do ano, a diminuição de 13,9% é explicada "principalmente pelo contributo negativo (-10,7 pontos percentuais) da procura interna, verificando-se igualmente um maior contributo negativo da procura externa líquida (-3,1 pontos percentuais)".
Para Portugal, a Comissão Europeia prevê que a economia recue 9,8% do PIB em 2020, uma contração acima da anterior projeção de 6,8% e da estimada pelo Governo português, de 6,9%.
Os números hoje conhecidos seguem-se às duas anteriores estimativas divulgadas pelo INE. A primeira, no dia 31 de julho, apontava para uma queda de 16,5% em termos homólogos e 14,1% em cadeia, e a segunda, de 14 de agosto, duas décimas abaixo, é igual à divulgada hoje.
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