Trabalhadores da Transtejo e Soflusa protestam pela retoma do serviço
Cerca de 30 trabalhadores da Eurest, empresa que gere os bares dos navios da Transtejo e Soflusa, concentraram-se hoje em protesto, no Barreiro, pela retoma do serviço, suspenso desde 16 de março, informou fonte sindical.
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Economia Covid-19
"O protesto não acontece contra a empresa Eurest, mas sim contra a Transtejo e Soflusa porque não dão autorização para que os bares dos barcos abram e os funcionários estão sem posto de trabalho", explicou à Lusa Fernanda Moreira, do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul.
Segundo a responsável, até agosto, a Eurest conseguiu garantir os salários, mas "não sabe até quando vai aguentar uma situação destas, a pagar aos trabalhadores que estão em casa".
O protesto começou pelas 08:00 no terminal fluvial do Barreiro, no distrito de Setúbal, e estendeu-se até às 10:00, com a adesão da totalidade dos trabalhadores desta área, cerca de 30, informou Fernanda Moreira.
No entanto, indicou, até ao final da manhã os sindicatos não receberam qualquer resposta da administração da Transtejo e Soflusa, que assegura o transporte fluvial entre a Margem Sul e Lisboa.
"A Eurest está à espera da autorização para abrir os bares, uma vez que está tudo a funcionar. Os trabalhadores não percebem porque é que só ali não deixam abrir e trabalhar, dentro de todas as condições de segurança", lamentou.
Por este motivo, o sindicato e funcionários prometem "não parar enquanto o problema não estiver resolvido".
Numa resposta escrita enviada à Lusa, a Transtejo e Soflusa confirmou que tem um contrato com a Eurest para a exploração comercial dos bares existentes a bordo dos catamarãs, mas não mantém "qualquer vinculo laboral com os trabalhadores da concessionária".
Além disso, explicou que, devido ao atual contexto de pandemia da covid-19, foi implementada a obrigatoriedade do uso de máscara nos transportes públicos, que "não deve ser retirada durante toda a viagem, sob pretexto nenhum".
"Comer ou beber é, naturalmente, incompatível com esta medida de segurança que visa a mitigação da propagação da doença. Neste sentido, não se encontram, assim, reunidas as condições de segurança para a reabertura dos bares a bordo dos navios", justificou.
A Lusa contactou a Eurest, mas a empresa de serviços de restauração escusou-se a falar sobre o assunto.
A Transtejo é responsável pelos terminais do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, enquanto a Soflusa faz a travessia entre o Barreiro e o Terreiro do Paço, em Lisboa.
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