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Costa pede "noção de emergência" para fechar programa de recuperação

O primeiro-ministro pediu hoje "noção de emergência" para que se feche o mais rapidamente possível o programa de recuperação europeu e disse esperar que os processos de ratificação pelos Estados-membros não comprometam os avanços já registados.

Costa pede "noção de emergência" para fechar programa de recuperação
Notícias ao Minuto

21:38 - 28/09/20 por Lusa

Economia União Europeia

António Costa falava em conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nos jardins de São Bento, em Lisboa, depois de questionado sobre divergências entre Estados-membros e sobre o facto de o programa europeu de recuperação ter um prazo de execução considerado curto, tendo como limite 2026.

Na resposta, o primeiro-ministro declarou que a questão não é saber em que presidência é aprovado o fundo de recuperação europeu, que envolve 740 mil milhões de euros entre subvenções e empréstimos.

"A questão é que precisamos da aprovação o mais rapidamente possível. Esta crise coloca em todos nós uma noção de emergência", alegou António Costa, tendo ao seu lado a presidente da Comissão Europeia.

De acordo com o primeiro-ministro, foi precisamente a dimensão da atual crise que levou a Comissão Europeia "a apresentar uma proposta tão ousada e o Conselho a ter conseguido aprovar um acordo que muitos consideravam impossível".

"Há agora que concluir este processo e rapidamente pôr no terreno a execução deste plano que é fundamental para reforçar a resiliência da Europa e acelerar a transição digital e climática. Creio que todos os Estados-membros têm de se ir preparando, como nós estamos a fazer, para podermos começar a executar o programa assim que estiverem disponíveis os recursos", advertiu o primeiro-ministro.

Para António Costa, a capacidade de resposta que a União Europeia tem revelado "não deve ser comprometida pelos Estados-membros agora nos respetivos processos de ratificação" da matéria acordada na última cimeira de chefes de Estado e de Governo em julho passado, em Bruxelas.

"É preciso que o plano seja implementado. Há um esforço de execução que todos vão ter de fazer para, no prazo de seis anos, podermos dar por concluída a sua execução", acrescentou.

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