A maior parte do valor de empréstimos com moratória é referente crédito a empresas (3.018 milhões de euros).
Em crédito à habitação o valor total com moratória é 2.721 milhões de euros e o crédito pessoal e financiamento automóvel com moratórias corresponde a 388 milhões de euros.
As moratórias de crédito (que suspendem pagamentos de capital e/ou juros) foram criadas como uma ajuda a famílias e empresas penalizadas pela crise económica desencadeada pela pandemia de covid-19.
No final de setembro, o Governo decidiu prolongar até setembro de 2021 as moratórias para créditos de empresas e particulares (neste caso, créditos à habitação e para educação).
No caso das empresas, porém, a prorrogação das moratórias prevê soluções diferentes para as empresas em função do setor em que estão inseridas e do impacto da pandemia na sua atividade.
Assim, as empresas inseridas em setores particularmente afetados pela pandemia, nomeadamente as do turismo, cultura, setor social ou comércio e reparação de automóveis, beneficiarão do prolongamento da moratória até 30 de setembro nos exatos moldes definidos até 31 de março, ou seja, continuarão a beneficiar da suspensão do pagamento do capital em dívida e dos juros.
Já para as restantes empresas que atualmente estão abrangidas pelas moratórias, o prolongamento até 30 de setembro de 2021 mantém a suspensão do pagamento de capital, mas não dos juros.
O Banco BPI apresentou hoje lucros consolidados de 85,5 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, menos 66% do que no mesmo período de 2019, justificando a queda do resultado líquido com a constituição de 100 milhões de euros em imparidades de crédito (líquidas) devido à crise pandémica da covid-19.
A semana passada, também na apresentação dos resultados até setembro, o banco BCP disse que tinha mais de 125 mil créditos a famílias e empresas com moratórias no final de setembro, envolvendo um valor total de empréstimo de quase nove mil milhões de euros.