"Não é verdade que a NOS tenha subido os preços aos seus clientes, nem tão pouco reduzido a qualidade dos seus serviços", garante a operadora de telecomunicações, criticando o comunicado da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), "que indicia que tal aconteceu", mas que "não passa de mais uma iniciativa para tentar enganar os portugueses".
A NOS garante que "nenhum cliente" seu "viu ou verá os seus preços aumentados, em qualquer momento, como consequência do lançamento de novas ofertas" e aponta que "a afirmação do regulador é pura e simplesmente falsa" e acusa a Anacom de ter como "único objetivo" o de "denegrir o setor, recorrendo a uma narrativa conscientemente falsa".
Em comunicado, o regulador tinha divulgado que, entre outubro e novembro, "os três principais prestadores de comunicações eletrónicas em Portugal (MEO, NOS e Vodafone) aumentaram as mensalidades das suas ofertas base 'triple play' [3P] em 3,3% (mais um euro)".
A Anacom apontou que, "na sequência deste aumento de preços, que surge ao mesmo tempo e na mesma proporção, e que é muito superior à taxa de inflação, a mensalidade mais baixa das suas ofertas 'triple play' sobe para cerca de 31 euros", salientando que desde 2018 que "não existem diferenças nas mensalidades deste tipo de ofertas, que incluem Internet fixa, telefone fixo e televisão por subscrição".
E, "em simultâneo com o aumento de preços, registou-se também uma redução da qualidade deste tipo de ofertas nos três operadores, visto que a velocidade de 'download' anunciada baixou de 100 Mbps para 30 Mbps", refere a Anacom.
"Lamentavelmente, o regulador não se congratulou nem tão pouco divulgou a redução de mais de 10% do preço na oferta de Internet fixa da NOS, oferta a que dá tanta relevância. Tal revela de forma inequívoca o seu enviesamento e processo de intenções", salienta a empresa.
A operadora de telecomunicações do grupo Sonae considera que "o presidente da Anacom é incapaz de conviver com a verdade e demonstra um absoluto desprezo pelos factos" e que "tal comportamento é indigno do cargo que ocupa e manifesta um profundo desrespeito pela instituição e pelo Estado em geral".
Referindo não serem "claros os interesses que patrocina", a NOS prossegue apontando que "não serão certamente os das empresas ou dos consumidores portugueses".
Para a empresa, "tudo o que o regulador pretende com este tipo de desinformação é criar uma nuvem de fumo para distrair os portugueses das consequências dramáticas que o regulamento do leilão 5G trará para o país".
Em suma, "sejamos claros: não houve aumento de preços nem redução da qualidade, o que há é um regulamento 5G absolutamente inaceitável e um regulador que, sem argumentos, fabrica uma narrativa integralmente falsa para justificar o absolutamente injustificável", salienta a NOS.
"Que tal abuso de poder, sem qualquer escrutínio e sem consequências, possa acontecer num estado de direito, deveria ser motivo de reflexão para todos", remata a operadora.