Reguladores chineses anunciam investigação antimonopólio ao grupo Alibaba

Os reguladores chineses anunciaram hoje uma investigação antimonopólio ao gigante do comércio eletrónico Alibaba, intensificando os esforços para aumentar o controlo sobre as indústrias de tecnologia em rápido crescimento da China.

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Lusa
24/12/2020 06:00 ‧ 24/12/2020 por Lusa

Economia

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O comunicado não refere possíveis penalidades ou uma data para anunciar resultados da investigação.

As ações do Alibaba estavam a cair 8% a meio da sessão de hoje na bolsa de Hong Kong.

Os líderes chineses apontaram anteriormente que uma das prioridades para o próximo ano é intensificar a fiscalização antimonopólio.

O Alibaba e outros grupos dominantes no setor da internet que se estão a expandir para os setores finanças, saúde e outros negócios, parecem ser o alvo principal.

O fundador do Alibaba, Jack Ma, é o homem mais rico da China e uma das figuras mais conhecidas do país.

Os reguladores forçaram anteriormente a suspensão da entrada em bolsa do Ant Group, uma plataforma de finanças ?online' derivada do Alibaba, e que detém a carteira digital Alipay.

Um outro anúncio, difundido na quinta-feira, disse que funcionários do Ant foram convocados para reunir com os reguladores.

O Alibaba, a maior empresa de comércio eletrónico do mundo em volume total de vendas, e a Tencent, que detém o aplicativo Wechat, foram multadas, em meados deste mês, por não solicitarem a aprovação oficial antes de prosseguirem com algumas aquisições.

Em novembro, o Governo chinês divulgou propostas de regulamentação com o objetivo de prevenir comportamento anticompetitivo das empresas da Internet, como a assinatura de contratos de exclusividade e o uso de subsídios para aniquilar a concorrência.

Jack Ma fundou o gigante do comércio eletrónico Alibaba em 1999. O Alipay foi introduzido como método de pagamento, para aumentar a confiança dos utilizadores na plataforma.

Ma foi convocado pelos reguladores, em novembro passado, poucos dias depois de ter afirmado que os regulamentos financeiros estão desatualizados, referindo-se aos acordos de supervisão bancária de Basileia como obra de um "clube de velhos". Ao mesmo tempo, questionou se o sistema financeiro chinês se deve submeter a esses regulamentos.

"Os acordos de Basileia são usados para tratar as doenças de um sistema bancário envelhecido, são remédios para idosos (...), mas o sistema bancário chinês é jovem", disse, citado pela imprensa local.

O empresário defendeu que a China precisa de canais de financiamento alternativos, além dos grandes bancos estatais, fortemente dominantes no país.

"Os grandes bancos são como rios, mas precisamos de lagoas, riachos e canais no sistema. Sem eles, vai haver sempre enchentes ou secas", descreveu.

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