"Após o anúncio de ontem [quarta-feira] do novo confinamento geral, a CTP alerta o Governo para a necessidade de criar novas medidas de apoio às empresas que permitam garantir a manutenção da sua atividade", indica a entidade, num comunicado.
"Não nos cabe a nós comentarmos as medidas de saúde pública anunciadas pelo Governo, estas têm em conta a opinião dos especialistas e a situação atual da pandemia e as previsões para as próximas semanas", realçou Francisco Calheiros, presidente da CTP, alertando, no entanto, que "é evidente que este novo confinamento, que implica a proibição de circulação e o encerramento de muitas atividades, irá ser dramático para a economia e para o turismo".
Tendo em conta as consequências do novo confinamento, "a CTP apela ao Governo para que sejam criadas medidas de apoio para que as empresas possam manter a sua atividade, fazer face aos encargos fixos e manter os postos de trabalho".
Francisco Calheiros recordou que "esta pandemia se mantém há 10 meses e as empresas têm lutado por sobreviverem, com um esforço de tesouraria muito elevado", destacando que "as reservas financeiras das empresas estão no limite e para se manterem a funcionar e a cumprir com os seus compromissos têm de ter acesso a novos apoios".
A CTP recordou que o turismo "tem sido uma das atividades mais afetadas pela pandemia covid-19 e, de acordo com as previsões" da entidade "em 2020 as quebras nos vários indicadores irão rondar os 70%".
As medidas aprovadas esta quarta-feira determinam a suspensão das atividades de comércio a retalho e de prestação de serviços em estabelecimentos abertos ao público, "bem como o encerramento de um alargado conjunto de instalações e estabelecimentos, incluindo atividades culturais e de lazer, atividades desportivas (salvo a prática de desportos individuais ao ar livre e atividades de treino e competitivas) e termas", segundo detalha o comunicado do Conselho de Ministros.
Tal como já se esperava, os restaurantes voltam a ter de encerrar portas ao público passando a funcionar apenas em regime de 'take-away' ou de entregas ao domicílio.
Neste confinamento geral permite-se o funcionamento de feiras e mercados, nos casos de venda de produtos alimentares, supermercados, hipermercados e mercearias.
Também as farmácias, padarias e outras atividades de comércio a retalho ou prestação de serviços de primeira necessidade ou outros considerados essenciais vão manter-se abertos ao público.