A companhia aérea irlandesa de baixo custo, com sede em Dublin, disse hoje que enfrenta o ano "mais difícil" da sua história, devido à pandemia da covid-19, e que as perdas podem aproximar-se dos 1.000 milhões de euros neste período fiscal, que termina em 31 de março próximo.
A Ryanair informou num comunicado que as suas receitas caíram 82% face ao terceiro trimestre de 2019, para 340 milhões de euros, enquanto que os custos operacionais foram de 670 milhões de euros, menos 63%.
A companhia aérea recordou que as restrições impostas às viagens aéreas devido à pandemia tiveram um forte impacto na procura de bilhetes e o seu tráfego de passageiros diminuiu 78% para 8,1 milhões de passageiros.
"Tal como anunciámos em 07 de janeiro, a Ryanair prevê que os últimos confinamentos e a introdução do requisito dos testes de covid-19 conduzirão a uma redução do calendário de voos e do tráfego até à Páscoa. A previsão de tráfego para todo o ano situa-se entre 26 e 30 milhões de passageiros", afirma a empresa no comunicado.
A empresa insistiu que a crise sanitária continua a "causar estragos no setor", pelo que prevê que as perdas durante este ano fiscal se situem entre 850 e 950 milhões de euros.
"Este exercício financeiro de 2021 continuará a ser o mais difícil dos 35 anos de história da Ryanair", sublinhou a companhia aérea irlandesa no comunicado.
Contudo, afirmou que após "a crise da covid-19" e dos "programas de vacinação", a empresa terá "custos base muito inferiores" e um "balanço mais sólido" do que os seus concorrentes.
"Isto permitir-nos-á financiar bilhetes mais baratos e incorporar aeronaves de menor custo para aproveitar as muitas oportunidades de crescimento que estarão disponíveis em todos os mercados europeus, especialmente onde as companhias aéreas rivais reduziram substancialmente a sua capacidade ou falharam", acrescentou a Ryanair.