O Ministério das Finanças destacou, esta sexta-feira, que a degradação do défice em 2020 foi "menos negativa" do que se previa, depois do Instituto Nacional de Estatística (INE) ter estimado que se tenha cifrado em 5,7% do produto interno bruto (PIB).
"Esta degradação do défice orçamental foi, no entanto, menos negativa do que o estimado no OE2021 (previsão de 7,3%para 2020), tendo-se situado mais próximo da estimativa inicial do Governo inscrita no Orçamento Suplementar apresentado em junho de 2020 (6,3%)", refere a tutela, em comunicado enviado às redações.
O gabinete de João Leão sublinha, porém, que esta é uma tendência que se verificou "na generalidade dos países europeus, onde as estimativas orçamentais não se revelaram tão negativas como inicialmente previsto", pode ler-se.
Explicam ainda que o resultado deve-se em "larga medida à evolução da receita, que ficou 2,5% acima do previsto. Tal evolução resulta do comportamento positivo do mercado de trabalho que mostrou mais resiliência do que seria de esperar".
Além disso, o Executivo sublinha que "Portugal conseguiu aproveitar o período anterior à pandemia para atingir o primeiro excedente da democracia", uma "margem [que] deu capacidade ao país para enfrentar esta crise de uma forma mais sustentada e resiliente e com a confiança de que uma vez ultrapassada a crise pandémica, Portugal não terá novamente uma crise de finanças públicas".
Depois do primeiro excedente em democracia, em 2019, Portugal voltou ao défice no ano passado. A primeira estimativa do INE, divulgada esta sexta-feira, aponta para um défice de 5,7% no final do ano passado.
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