FMI corta crescimento de Angola de 3,2% para 0,4% este ano

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em ligeira alta a previsão de crescimento para a África subsaariana, de 3,2% para 3,4%, e baixou o crescimento de Angola, de 3,2% para 0,4% este ano.

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Lusa
06/04/2021 13:42 ‧ 06/04/2021 por Lusa

Economia

Previsões

De acordo com as Perspetivas Económicas Mundiais, hoje divulgadas no arranque dos Encontros da Primavera do FMI e do Banco Mundial, esta região africana deverá crescer 3,4% este ano e 4% em 2022, o que mostra uma ligeira melhoria face aos 3,2% previstos na atualização de janeiro e aos 3,1% previstos em outubro.

"A pandemia continuar a exercer um grande peso na África subsaariana, especialmente, por exemplo, para Gana, Quénia, Nigéria e África do Sul", lê-se no principal relatório do Fundo sobre a economia mundial, lançado duas vezes por ano, em abril e em outubro.

"No seguimento da maior contração de sempre da região, com uma queda de 1,9% em 2020, o crescimento deverá ressaltar para 3,4% em 2021, significativamente mais baixo que a tendência antecipada antes da pandemia", aponta-se ainda no relatório, que alerta que as economias dependentes do turismo serão provavelmente as mais afetadas".

As Perspetivas Económicas Mundiais não apresentam os dados macroeconómicos para todos os países da África subsaariana, já que isso acontecerá no relatório dedicado à região, lançado na próxima semana, apontando apenas a perspetiva de crescimento para os países africanos.

Assim, Angola deverá recuperar da recessão de 4% do ano passado e crescer 0,4% este ano e 2,4% em 2022, abaixo da média da região, mas ainda assim melhor que a Guiné Equatorial, que depois de uma recessão de 4% estimado para este ano, deverá crescer quase 6% em 2022, voltando depois a crescimentos negativos nos anos seguintes.

Todos os outros países deverão recuperar esta no do crescimento negativo do ano passado, com destaque para Cabo Verde, que viu a riqueza contrair-se uns históricos 14% em 2020, mas crescerá já quase 6% este ano.

Para a dívida pública bruta, os únicos valores já divulgados pelo FMI incidem sobre Angola, que deverá ver o rácio sobre o PIB diminuir de 127,1% para 110,7% este ano 99,6% em 2022, e Moçambique, que deverá ver o rácio crescer de 122,2% em 2020 para 125,3% este ano e 126,4% em 2022.

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