"A EDP deu as negociações por encerradas, mantendo o aumento de 0,5%, que tinha proposto na reunião anterior, embora com majoração para os níveis mais baixos, para que ninguém tivesse menos de 10 euros de aumento, mas não aceitámos nem o valor nem o encerramento", disse à agência Lusa Joaquim Gervásio, dirigente da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal).
A Fiquimetal, "para mostrar a sua disponibilidade para a negociação", baixou a sua proposta de aumentos salariais de 90 euros para 60 euros por trabalhador.
"Nós fizemos uma contra-proposta e queremos uma resposta, não aceitamos o encerramento das negociações e se a empresa mantiver essa posição teremos de recorrer a outras instâncias", disse o sindicalista referindo a intervenção da Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).
Segundo o sindicalista, a proposta da EDP prevê também um prémio extraordinário de 250 euros, "só para este ano", e um aumento de 20 euros para o salário mais baixo da empresa.
"Mas esta proposta continua a ser inaceitável porque está longe do respeito, da dignificação e da valorização que os trabalhadores das empresas do Grupo EDP merecem", considerou Joaquim Gervásio.
A Fiquimetal vai consultar os trabalhadores para ver o que querem fazer para defender os aumentos.
O salário mais baixo da EDP é de 1.000 euros e é atribuído a quase 600 trabalhadores.
Os trabalhadores da EDP fizeram uma greve nacional no dia 20 de abril para contestar a proposta da empresa de aumentos salariais de 0,5%.
A EDP tem cerca de 6.000 trabalhadores.
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