"Nós não estimamos perdas de 16% com as linhas de crédito que foram lançadas. Estimamos bastante menos e é uma estimativa que, como em qualquer instituição de crédito, vai sendo acompanhada ao longo do tempo e à medida que as variáveis macroeconómicas e a própria situação das empresas vai sendo alterada", afirmou a CEO durante uma audição na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.
Segundo dados avançados pelo Banco de Fomento ao Tribunal de Contas, referente a 30 de setembro do ano passado, a sinistralidade estimada para as linhas de crédito covid-19 até então lançadas ascende a 1.119,8 milhões de euros, 16% do total de emissões estimadas de contragarantias.
De acordo com Beatriz Freitas, "houve uma pequena confusão entre o que é solicitado para financiamento do fundo de contragarantia, quando é lançada uma linha de crédito com garantia, e aquilo que será a perda estimada dessa linha de crédito".
Afirmando que, "como em qualquer instituição financeira", no BPF "as empresas são acompanhadas diariamente, mensalmente e as imparidades que estão ligadas a estas linhas também são acompanhadas", a presidente executiva da instituição disse que "não existe uma estimativa desse valor".
"A estimativa relativa ao final do ano passado está a ser terminada agora com as contas [relativas ao exercício de 2020], uma vez que o modelo, tendo em conta esta segunda vaga da covid, foi atualizado", acrescentou.
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