Trabalhadores do Santander podem responder a proposta para saída até hoje
Os trabalhadores do Santander podem responder até hoje à proposta para a saída, no âmbito do plano de reestruturação do banco, sendo que as saídas podem chegar aos 1.200, segundo informações do presidente do banco, dadas ao parlamento.
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Economia Santander
Já foram vários os números apresentados no âmbito deste processo. Em 29 de junho foi aprovado o plano de reestruturação da instituição que previa a saída de 685 trabalhadores, aos quais foram apresentadas "as melhores condições de mercado", segundo uma nota da Comissão Executiva do banco, a que a Lusa teve acesso.
Em causa estão trabalhadores de diversas áreas dos serviços centrais e da rede comercial do banco, incluindo os que estavam abrangidos pelo procedimento unilateral.
Estes colaboradores, notificados até 15 de julho, podiam então apresentar a sua resposta até 19 de agosto.
No dia 30 de julho, foi noticiado que cerca de 1.200 trabalhadores deverão sair do Santander Totta este ano, segundo as contas semestrais e as informações dadas pelo presidente do banco no parlamento.
Segundo as contas do primeiro semestre (lucros de 81,4 milhões de euros), entre janeiro e junho saíram 215 trabalhadores, tendo o Santander Totta 5.765 funcionários em junho.
Já numa audição no parlamento, na comissão de Trabalho, o presidente do banco, Pedro Castro e Almeida, disse que o atual programa de reestruturação prevê a saída de quase 600 trabalhadores (por rescisões por mútuo acordo e por reformas antecipadas), os quais foram escolhidos com base na avaliação dos últimos três anos.
O gestor disse que o número fica abaixo dos objetivos inicialmente pensados (primeiro 1.000 saídas e depois 685) e que para isso contribuíram as rescisões voluntárias que o banco já tinha anteriormente e a que trabalhadores aderiram, o que já levou a acordos para centenas de saídas (a maioria dos quais já saíram no primeiro semestre e os restantes que sairão no resto do ano).
No total do ano, é assim provável que as saídas ascendam a 1.200 trabalhadores.
O presidente do Santander Totta foi questionado sobre este número no parlamento e admitiu que as saídas rondarão este valor.
O Santander Totta continua, contudo, a admitir fazer despedimento coletivo, caso não saia o número de empregados pretendidos e recusa que tal seja visto como uma pressão, considerando que faz parte da informação que os trabalhadores devem conhecer, até para poderem comparar a proposta financeira feita à indemnização mínima prevista pela lei em caso de despedimento.
No parlamento, Castro e Almeida disse que o banco propõe 1,4 meses por cada ano de antiguidade e o valor estimado do subsídio de desemprego por três anos, no caso das rescisões por mútuo acordo (que não dão acesso a subsídio de desemprego).
O banco faz ainda propostas de reforma antecipada para quem tenha 55 anos ou mais.
"Em média, quem saia por rescisão por mútuo acordo irá receber 4,5 a cinco anos de salários, muito acima dos valores que a lei determina e do que a maioria das empresas em Portugal tem oferecido e oferece", defendeu o gestor na comissão parlamentar de Trabalho.
Em janeiro, foi anunciada a "transformação" do banco face aos "desafios da atividade".
Dois meses depois, o Santander aprovou um conjunto de planos para as saídas voluntárias, através de reformas antecipadas e/ou acordos de revogação de contratos de trabalho (RMA).
No âmbito destes planos, foi apresentada uma proposta de saída aos trabalhadores com mais de 55 anos de idade, que incluía a possibilidade de os trabalhadores abaixo desta faixa etária solicitarem uma proposta.
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