De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o transporte de mercadorias aumentou em todos os modos de transporte face ao mesmo período de 2020, com "níveis superiores aos registados no período homólogo de 2019, exceto no transporte aéreo".
"Por via aérea, o acréscimo face ao segundo trimestre de 2020 foi mais significativo (+108,3%; -21,7% no primeiro trimestre de 2021), mas ainda com uma redução de 11,2% face ao segundo trimestre de 2019", refere.
Já por ferrovia registaram-se aumentos de 24,0% face ao período homólogo de 2020 (-2,4% no primeiro trimestre 2021) e de +6,4% face ao mesmo período de 2019, enquanto por via marítima houve um acréscimo de 29,7% face ao segundo trimestre de 2020 (-3,6% no primeiro trimestre 2021), registando-se também um "ligeiro aumento" relativamente ao segundo trimestre de 2019 (+0,4%).
Por sua vez, o transporte por rodovia cresceu 39,3% face ao segundo trimestre de 2020 (+7,5% no primeiro trimestre de 2021) tendo também aumentado em comparação com o segundo trimestre de 2019 (+3,1%).
No que se refere ao transporte de passageiros, de abril a junho de 2021 os aeroportos nacionais movimentaram cerca de quatro milhões de passageiros, o que representa uma diminuição de 76,0% (-86,8% no primeiro trimestre de 2021) face ao período homólogo de 2019.
Por comboio e por metropolitano foram transportados 28,2 e 32,0 milhões de passageiros, respetivamente, valores que representam reduções de 34,6% e 53,3%, respetivamente, face ao período homólogo de 2019 (-51,4% e -65,6% no primeiro trimestre 2021).
Segundo nota o INE, o metropolitano registou menos de metade dos passageiros face ao período pré-pandemia.
No segundo trimestre deste ano, o transporte de passageiros por via fluvial registou um aumento homólogo de 97,1% (-58,8% no primeiro trimestre de 2021), atingindo 3,0 milhões de passageiros e uma redução de 45,5% em relação ao segundo trimestre de 2019 e "mantendo-se ainda longe dos valores pré-pandemia covid-19".
Analisando o movimento de mercadorias nos vários portos nacionais, o INE aponta em Sines o movimento de 11,1 milhões de toneladas no segundo trimestre, correspondendo a aumentos homólogos de 42,9% (+9,4% no primeiro trimestre) e 13,2% comparativamente ao segundo trimestre de 2019.
Já Leixões reduziu em 1,5% as suas mercadorias movimentadas, recuperando da diminuição de 30,3% registada no trimestre anterior, mas mantendo, contudo, uma redução de 25,6% face ao segundo trimestre de 2019.
O porto de Lisboa cresceu 34,8%, após o aumento de 5,3% no primeiro trimestre de 2021 (-0,7% relativamente ao segundo trimestre de 2019), e Aveiro registou um "forte aumento" (+64,3%) após o acréscimo de 9,4% verificado nos primeiros três meses de 2021 (+2,9% face ao segundo trimestre de 2019).
Quanto aos portos de Setúbal e Figueira da Foz, apresentaram acréscimos de 7,7% e 47,5% no movimento de mercadorias, revertendo as reduções verificadas no trimestre anterior (-19,6% e -24,6%, respetivamente; -3,7% e +8,1%, face ao segundo trimestre de 2019, pela mesma ordem).
Relativamente ao transporte de passageiros nos vários aeroportos, no segundo trimestre de 2021 o aeroporto de Lisboa concentrou 44,4% do movimento total de passageiros (1,8 milhões). Face ao trimestre homólogo de 2019, registou um decréscimo de 78,7% (-88,1% no 1ºT 2021).
O aeroporto do Porto registou o segundo maior volume de passageiros movimentados do país (22,8%), atingindo 912,9 mil passageiros, correspondendo a uma diminuição de 74,3% face ao mesmo período de 2019 (-86,3% no primeiro trimestre de 2021).
Já no aeroporto de Faro registou-se um movimento de 519,5 mil passageiros (13,0% do total), correspondendo ao maior decréscimo face ao período pré-pandemia (-82,5% comparando com o segundo trimestre de 2019).
Os passageiros movimentados nos aeroportos do Funchal e de Ponta Delgada corresponderam, respetivamente, a 7,6% e 6,1% do total. Estes dois aeroportos registaram os menores decréscimos face a 2019 (-64,6% e -56,6% no segundo trimestre de 2021, respetivamente).
[Notícia atualizada às 13h12]
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