"Liderar é um desafio enorme, sobretudo para profissionais que são promovidos e de repente 'aterram' numa nova função que exige gerir uma nova equipa, adaptar-se a diferentes perfis de colaboradores, dominar conversas críticas para envolver pessoas e reajustar estratégias, medir a performance e direcionar a energia para objetivos com valor para a organização.
Em suma: há muito para aprender, muito para avaliar e muito para fazer.
Mas se ocupa esse novo cargo, é porque provou que tem as competências necessárias para tal – só precisa de estar atento e evitar cair nestas 10 perigosas armadilhas:
- Desrespeitar o seu antecessor: Antes de conhecer a relação que a sua nova equipa tinha anteriormente com a chefia, seja factual e não faça julgamentos nem denigra o trabalho realizado.
- 'Regras do jogo' pouco claras: Defina um quadro de referência comum (normas, objetivos, valores…) que permita que todos na equipa possam "caminhar na mesma direção" e sirva de referência em caso de desacordo ou conflito.
- Não delegar: Porque é impossível fazer tudo sozinho e algumas tarefas ou projetos podem motivar os seus colaboradores a desenvolverem competências, aprenda a delegar. Faça-o com base em princípios de confiança, compromisso e suporte à implementação/controlo.
- Rumores gerados por falta de informação: Fale abertamente da mudança enquanto ela estiver no ar, para não alimentar rumores e criar resistência a qualquer tipo de novidade ou transformação futura na equipa/organização.
- Só dar feedback negativo: Em vez de simplesmente criticar, dê feedback positivo, construtivo e transformador – combine empatia e honestidade, e contribua para que os colaboradores cresçam e fortaleçam a sua autoconfiança e desempenho.
- Não aceitar o erro dos outros: Quando um colaborador falha, deverá começar por aceitar o erro e compreender que o resultado desejado pode não ser alcançado no imediato. Planeie o processo de aprendizagem do colaborador e faça pontos de situação regulares para verificar o seu progresso e incentivar a sua autonomia.
- Ignorar ou desvalorizar a perícia: Rodear-se de pessoas com experiência ou know-how superior é um ato de liderança inteligente. Nutra um ambiente propício à expressão de talentos e admita a sua própria vulnerabilidade, criando oportunidades para saber mais sobre assuntos específicos.
- Descurar a motivação: Observe e adote um estilo de escuta ativa que estimule a expressão das fontes de desmotivação. Depois, assuma uma posição de “líder ao serviço” com cada elemento da equipa: "O que posso fazer para que dês o melhor de ti?".
- Não estabelecer objetivos e resultados-chave: Criar OKR (Objectives and Key Results) ajuda a motivar os colaboradores, orientar as suas ações e torná-los mais eficientes. Defina um número limitado de OKR, reuniões de acompanhamento e prazos razoáveis – quando as metas são muitas ou demasiado ambiciosas, o esforço dilui-se e os objetivos não são alcançados.
- Não realizar reuniões individuais de balanço: Estas reuniões deverão ser periódicas e servir para observar os níveis de motivação, verificar a evolução dos OKR definidos para os seus colaboradores e fazer os ajustes ou ações corretivas/preventivas necessárias."
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