A AdC adotou na terça-feira uma decisão de não oposição à operação de concentração, argumentando que a mesma não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou numa parte substancial do mesmo.
A operação, resultante da aquisição do controlo exclusivo da Mobiletric pela Galp, tinha sido notificada à AdC pela Galp Power há mais de um mês, no início de outubro.
A Mobiletric atua como Operador Licenciado de Postos de Carregamento (OPC) de acesso público e como Comercializador de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME), segundo o aviso publicado pela AdC.
A Galp Power, que comprou a totalidade da empresa, dedica-se à exploração e produção de petróleo, gás natural, eletricidade e energias renováveis, funcionando ainda, no universo Galp, como operadora no setor da mobilidade elétrica enquanto OPC, CEME, fornecedor de postos de carregamentos de veículos elétricos (PCVE) privados e prestador de serviços de aluguer operacional de veículos elétricos.
O acordo de compra da Mobiletric foi comunicado pela Galp em 08 de setembro, antes da notificação ao regulador, mas sem dar conta do valor envolvido na operação, informando apenas que o negócio vai beneficiar de um aumento de 280 pontos de carregamento na rede, no curto prazo, a maioria dos quais já em operação.
O objetivo da Galp, segundo esse comunicado, é o de duplicar a rede de pontos de carregamento geridos em Portugal, até ao final deste ano, para mais de 1.000 pontos, face aos 513 pontos do final do ano passado.
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