Presente na cerimónia, organizada pela Autoridade Monetária de Macau e pela China Central Depository & Clearing Co, o secretário para a Economia e Finanças no território afirmou que esta entrada em funcionamento "permite consolidar as bases para o desenvolvimento do mercado de obrigações de Macau e da plataforma de prestação de serviços financeiros entre a China e os países de língua portuguesa".
Lei Wai Nong frisou ainda que o território vai conseguir responder "às necessidades manifestadas pelos emitentes do Interior da China e os investidores internacionais, no que respeita aos investimentos e financiamentos".
A meta, observou, é a "diversificação adequada da economia de Macau", num território com uma economia que depende praticamente em exclusivo do jogo em casino.
Em resposta à Lusa, o presidente e CEO do Banco Nacional Ultramarino (BNU), Carlos Cid Alvares, afirmou que com a chegada da central de depósito de valores mobiliários o objetivo do banco passa por "encontrar empresas que queiram emitir obrigações em Macau".
Carlos Cid Alvares sublinhou também a "ambição de ligar este mercado aos Países de Língua Portuguesa".
O BNU iniciou atividade em Macau em 1902 e é banco emissor de papel-moeda e agente de notas do Tesouro de Macau há mais de 100 anos, função mantida após a criação do Governo da RAEM em 1999, aquando da transferência da administração do território para a China.