Costa antecipa défice de 2021 "menor" do que o previsto pelo Governo
O primeiro-ministro confia que Portugal continuará a cumprir as metas definidas, mesmo "vivendo estes primeiros meses em duodécimos", e acredita que teremos condições de responder às regras orçamentais da Comissão Europeia em 2023.
© Valeria Mongelli/Bloomberg via Getty Images
Economia Défice
O primeiro-ministro, António Costa, disse, esta quarta-feira, que Portugal estará em condições de cumprir as regras orçamentais da Comissão Europeia em 2023, antecipando que o défice de 2021 seja menor do que o que prevê atualmente o Governo.
"Todos os indicadores indicam que Portugal estará em condições de já em 2023 cumprir as regras [de Bruxelas] quando elas forem restabelecidas. O défice de 2021 será, provavelmente, menor do que aquilo que eram as previsões do Governo, fruto do crescimento da economia, fruto de um melhor comportamento da despesa", disse António Costa, enquanto secretário-geral do PS, num encontro com gestores e empresários, e em declarações transmitidas pela RTP3.
Já no final de dezembro, recorde-se, o ministro das Finanças, João Leão, afirmou que Portugal vai conseguir fechar o ano de 2021 com um défice dentro da previsão de 4,3%, admitindo que se houver desvios será para ficar abaixo daquela meta.
Apesar de não haver Orçamento do Estado para 2022 e com eleições legislativas à porta, Costa confia que Portugal continuará a cumprir as metas:
"Seguramente este ano vamos, mesmo vivendo estes primeiros meses em duodécimos, cumprir a meta que tínhamos fixado e em 2023, sem um esforço excessivo, poderemos já acomodarmo-nos às regras vigentes da zona euro", adiantou o primeiro-ministro.
Vale lembrar que, em setembro do ano passado, o vice-presidente da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis avisou que os países da UE devem acautelar, nos orçamentos nacionais para 2022, o regresso das regras para défice e dívida no ano seguinte, após a suspensão devido à crise.
Em junho de 2021, a Comissão Europeia confirmou que as regras de disciplina orçamental inscritas no PEC continuarão temporariamente suspensas em 2022, para permitir aos Estados-membros fazer face aos efeitos da crise da Covid-19.
Bruxelas considerou que a economia europeia continuará a necessitar de apoios também no próximo ano, prevendo por isso a desativação da cláusula apenas em 2023.
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