"Os pensionistas sentem-se enganados e injustiçados pela decisão do Governo ao não querer atribuir o prometido aumento de 10 euros porque pode, mas não quer, utilizando-o como expediente de promessa eleitoral", afirmou a confederação num comunicado hoje divulgado à imprensa.
O MURPI lembrou que as pensões dos reformados, postas a pagamento no dia 10 para os pensionistas da Segurança Social e no próximo dia 19 para os aposentados da Caixa Geral de Aposentações, não tiveram o aumento extraordinário de 10 euros e criticou a decisão do Governo.
"Uma decisão condenável e injusta tendo em conta os aumentos verificados no princípio deste ano (gás, eletricidade e produtos alimentares) e a situação económica e social de milhares de reformados e aposentados a quem o aumento foi inferior a cinco euros e todos os outros que têm visto os valores das suas reformas congeladas na última década", considerou.
Segundo a confederação, "os exíguos aumentos são inferiores ou iguais a 1% e não permitem a recuperação do poder de compra perdido ao longo destes últimos anos e em face da inflação atual".
A maioria dos pensionistas tem este mês aumentos nas pensões em linha com a inflação, não tendo sido aplicados aumentos extraordinários, como aconteceu em anos anteriores, devido ao 'chumbo' do Orçamento do Estado no parlamento.
O MURPI, no seu Caderno Reivindicativo para 2022, exige um aumento mínimo de 10 euros para todas as pensões, a atualização das pensões acima de 680 euros que se encontram congeladas e a revisão urgente da lei da atualização anual das pensões.
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