O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, concluiu a sessão no International Exchange Futures a cotar 46 cêntimos acima dos 86,06 dólares com que fechou as transações na sexta-feira.
O Brent manteve a tendência altista, apesar de se conhecer a intenção dos EUA e outros Estados de recorrerem às reservas de petróleo, precisamente para procurar conter o aumento dos preços.
Para a subida da cotação também contribuiu a perspetiva de a vaga de infeções com a variante Ómicron do novo coronavirus começar a passar em alguns países.
Ao longo do dia, o Brent chegou mesmo a cotar no máximo de três anos, nos 86,71 dólares, valor não alcançado desde outubro de 2018.
Vários fatores contribuíram para esse aumento, nomeadamente as interrupções na produção "na Líbia, na Nigéria, em Angola, no Equador e, mais recentemente, no Canadá devido ao frio extremo", afirmou Hussein Sayed, analista da Exinity.
"Os mercados continuam concentrados no delicado equilíbrio entre a oferta e a procura, que parece ter um impacto bastante grande nas oscilações de preços durante a recuperação económica pós-pandemia", disse Walid Koudmani, analista da XTB.
A Nigéria, por exemplo, produz menos meio milhão de barris por dia desde meados de 2020.
A tensão geopolítica também tem contribuído para o aumento, numa altura em que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia se intensifica e causa novas perturbações no fornecimento de gás russo à Europa.
Na pandemia de covid-19, a variante Ómicron, que inicialmente foi considerada uma ameaça para a procura de petróleo, acabou por revelar-se menos preocupante.
Muitos analistas esperam agora que os preços do petróleo possam ultrapassar os 90 dólares por barril ou até os 100 dólares.
Leia Também: Barril de Brent atinge nível mais alto em três anos