A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) considera que os portugueses continuam a viver em pobreza energética, destacando o papel do aconselhamento sobre energia aos consumidores.
No ano passado, a DECO prestou aconselhamento a cerca de mil consumidores sobre serviços energéticos, nomeadamente sobre "faturas elevadas e dificuldades em cumprir esses pagamentos, dúvidas relacionadas com contratos e mecanismos de apoio aos consumidores", diz a Associação, em comunicado.
"Acreditamos que os confinamentos sucessivos e a subida de preço da energia são os principais factores que motivaram, em grande medida, a procura dos serviços de apoio ao consumidor", adianta a DECO, que criou o Gabinete de Aconselhamento de Energia (GAE), tendo como objetivo "apoiar os consumidores a melhorar a eficiência energética das suas casas".
A DECO adianta que, ao longo do ano, "envidou esforços para que a questão da pobreza energética dos portugueses fosse prioritária e se tomassem reais medidas para beneficiar a eficiência energética das habitações em Portugal.
Contudo, "apesar das preocupações manifestadas, a Associação continua a aguardar pelo cumprimento da promessa de aprovação e implementação da Estratégia a Longo Prazo de Combate à Pobreza Energética", pode ler-se na mesma nota.
A Associação assegura que "continuará a acompanhar esta temática que se revela de extrema importância para o consumidor, garantindo que este terá o acompanhamento adequado a assumir um papel de relevo nesta eminente transição energética".
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