"À medida que o apoio do governo aos regimes de trabalho de curta duração diminui em toda a zona euro é improvável que a taxa de desemprego aumente significativamente", antecipa a Fitch numa análise divulgada hoje.
De acordo com os analistas da agência de notação financeira, "a forte procura de trabalho e os níveis mais altos de atividade económica provavelmente irão absorver rapidamente os trabalhadores em regimes de apoio -- garantindo que o número de novos desempregados permaneça limitado".
Na análise justificam que "com a economia da zona do euro a passar o nível pré-pandemia no quarto trimestre, a atividade económica mais forte será capaz de sustentar níveis mais altos de emprego" e uma diminuição do uso dos regimes de apoio ao emprego de curta duração.
A Fitch aponta ainda o exemplo do Reino Unido, onde o desemprego não aumentou imediatamente após o fim do regime de apoio ao emprego, considerando que "é um bom presságio para a zona euro".
Contudo, admite que nem todos os trabalhadores em regimes de emprego de curta-duração irão encontrar trabalho "imediatamente".
"Por exemplo, em países com maior emprego no setor de turismo, que levará mais tempo para regressar aos níveis de atividade pré-pandemia, o desemprego pode aumentar particularmente sem apoio", refere.
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