"Estas são excelentes notícias para o setor da restauração, esperamos, no entanto, que o Governo possa apoiar mais o setor [...]. A questão do teletrabalho era uma limitação que provocava uma quebra muito grande na faturação, especialmente nos horários dos almoços", apontou, em comunicado.
Para a associação, o fim da recomendação do teletrabalho e da obrigatoriedade de apresentação dos certificados digitais será "um voltar quase à normalidade".
No entanto, defendeu que os estabelecimentos enfrentam "grandes dificuldades" face a uma "elevada dívida acumulada" nos últimos dois anos com as restrições.
A PRO.VAR disse ainda ser necessário empregar todos os esforços para recuperar o setor, que está "extremamente fustigado", reforçando os apoios para evitar que, pelo menos, metade dos restaurantes de comida tradicional portuguesa não mude para os grandes grupos e empresários estrangeiros.
"Estes investidores estão a aproveitar a fragilidade das empresas para as comprar e transformar em restaurantes de gastronomia que nada têm a ver com a nossa cultura. Portugal está assim a perder identidade, com grave prejuízo para o setor do turismo e para todo o país", apontou.
Neste sentido, a associação pediu uma nova reunião ao executivo e reitera a necessidade de ser criado um gabinete interministerial para a gestão da crise.
O setor quer ver discutidas preocupações como o sobre-endividamento da maioria das empresas.
O Conselho de Ministros decidiu hoje aliviar as restrições impostas face à covid-19, determinando que o teletrabalho deixa de ser recomendado.
"Deixa de existir recomendação de teletrabalho a partir de agora voltando em pleno à normalidade no que diz respeito ao teletrabalho", referiu a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, no final do Conselho de Ministros.
Por outro lado, os espaços comerciais vão deixar de ter limitações no número de clientes no interior e o certificado digital deixa de ser exigido na restauração e na hotelaria.
A covid-19 provocou pelo menos 5.848.104 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 20.708 pessoas e foram contabilizados 3.148.387 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
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