A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, disse que o impacto da crise em Portugal, em resultado da guerra na Ucrânia, está a ser acompanhado pelo Executivo, estando o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, a trabalhar numa resposta.
"Relativamente ao impacto da crise, como dissemos desde a primeira hora, está a ser acompanhado, nas dimensões do impacto das sanções, e o ministro da Economia está a trabalhar nessa resposta", disse Mariana Vieira da Silva, em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros Extraordinário.
O Governo anunciou ainda que os refugiados ucranianos beneficiarão de um regime de proteção temporária que prevê um regime simplificado em situações de grande afluxo de refugiados como é o caso desta crise provocada pela guerra na Ucrânia.
Segundo explicou a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, haverá uma decisão global assumindo que estas pessoas correm risco, descartando nesta situação a avaliação caso a caso. Assim, a entrada destas pessoas no país será simplificada, havendo apenas uma verificação por parte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no âmbito da segurança interna e nacional.
Por sua vez, a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, detalhou que foi aprovada a criação de uma "possibilidade automática de ficarem integrados que permite que possam trabalhar", sendo que o Governo está a trabalhar "para fazer o encontro entre as oportunidades de emprego que existem em Portugal e os perfis de cidadãos ucranianos interessados".
O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, disse na segunda-feira que o Governo está a ponderar criar uma linha de crédito para os setores mais afetados pelo aumento do preço do gás, como são os do vidro, cerâmica, têxtil e outros que estão a ser analisados pelo Ministério da Economia.
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