Grupo siderúrgico russo suspende entregas à Europa após sanções
O grupo siderúrgico russo Severstal anunciou hoje a suspensão das entregas na Europa após as sanções impostas pela União Europeia (UE) contra o seu principal acionista russo Alexei Mordashov, em retaliação à invasão da Ucrânia pela Rússia.
© Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Economia Ucrânia
"Suspendemos as entregas na UE no quadro das sanções impostas a um acionista [da companhia]. Estamos a direcionar os fluxos de matérias-primas para mercados globais alternativos", afirmou a Severstal num comunicado citado pelas agências de notícias russas.
Segundo o Grupo, as entregas para a Europa são de cerca de 2,5 milhões de toneladas de aço por ano e representam cerca de um terço do faturamento total da empresa.
A União Europeia colocou na segunda-feira Alexei Mordashov, principal acionista do grupo russo, numa lista de personalidades consideradas próximas ao Presidente russo, Vladimir Putin.
Essas personalidades foram sancionadas com o congelamento dos seus bens e a proibição de permanecer na UE devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Num comunicado divulgado na noite de segunda-feira, Mordashov distanciou-se das autoridades russas.
"Não tenho absolutamente nada a ver com as atuais tensões geopolíticas e não entendo por que a UE impôs sanções a mim", disse o empresário.
"É terrível que ucranianos e russos estejam a morrer, que as pessoas estejam a sofrer privações e que a economia esteja a entrar em colapso", acrescentou Mordashov, sublinhando que espera que "um caminho possa ser encontrado no futuro para resolver este conflito e acabar com a crise e o derramamento de sangue".
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
Leia Também: AO MINUTO: Ataques continuam em Kharkiv; Negociações continuam hoje
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com