Os países do G7 pedem à comunidade internacional para evitar qualquer medida que limite as exportações de alimentos para não agravar a subida de preços num mercado desestabilizado pela guerra na Ucrânia, declarou o ministro da Agricultura alemão.
"Devemos zelar para que os preços não subam mais devido a uma distorção do mercado se alguns países impedirem as exportações", indicou Cem Ozdemir, que se disse "muito preocupado" com esse risco, após uma reunião com os seus homólogos do G7.
Os sete países - Estados Unidos, Alemanha, Grã-Bretanha, França, Itália, Japão e Canadá - comprometeram-se "a evitar todos os sinais e medidas restritivas que possam limitar as exportações e levar a novos aumentos de preços", segundo uma declaração comum.
"Apelamos a todos os países para manterem abertos os mercados alimentares e agrícolas e protegerem-se de medidas restritivas injustificadas para a exportação", acrescentaram os ministros na declaração.
Os preços mundiais de mercadorias alimentares têm atingido recordes, num contexto de oferta limitada agravada pela guerra na Ucrânia, que foi invadida pela Rússia.
Os dois países são exportadores importantes de produtos agrícolas, nomeadamente de trigo.
Neste contexto, os países do G7 estão preocupados com as restrições de países exportadores, que podem ser tentados a manter para si o que produzem, causando escassez de bens alimentares.
"Se todos pensarem só em si nesta situação, isso vai agravar a crise e levar a um novo aumento dos preços", afirmou Cem Ozdemir.
O ministro disse ainda que "a Alemanha e a União Europeia não estão ameaçadas de escassez de alimentos".
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