"Portugal não está com níveis de abastecimento em rutura"
A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, falou este sábado sobre a alegada rutura na cadeia de abastecimento em Portugal, noticiada na sexta-feira. A governante garante alternativas para a importação de cereais a partir da Ucrânia, mas admite um possível aumento de preços.
© Ministério da Agricultura
Economia Maria do Céu Antunes
"Em primeiro lugar é preciso tranquilizar os portugueses, nós não estamos com um problema de abastecimento. Estamos a acompanhar toda a cadeia de abastecimento, estamos numa crise que se junta à crise pandémica e a uma seca", esclareceu este sábado Maria do Céu Antunes em declarações aos jornalistas, sobre a alegada escassez de alimentos noticiada na sexta-feira.
As palavras da ministra da Agricultura refletem o que já ontem foi transmitido pela tutela, que "não há, à data", qualquer razão que faça antever eventual escassez de alimentos e que se está "realizar a monitorização e acompanhamento permanente relativamente ao abastecimento alimentar nacional".
"Portugal não está com níveis de abastecimento em rutura", garantiu Maria do Céu Antunes, chamando a atenção, inclusive, para a precipitação que ocorre este fim de semana, o que permitirá "recuperar os nossos níveis freáticos" para "desenrolar as nossas culturas normais para esta época".
"Por um lado, Portugal depende em cerca de 38% de abastecimento de milho e outros cereais a partir da Ucrânia, já estamos à procura de fontes alternativas e já as encontrámos. Estamos, neste momento, confortáveis com esta situação e estamos a acompanhar ao dia", disse, afirmando que "não haverá problemas nem em Portugal nem na Europa", mas admitindo um aumento de preços, decorrente do "aumento de preços generalizado das matérias-primas". "É inevitável que os preços venham a aumentar", disse, garantindo que estão a ser estudadas medidas para o mitigar.
Sublinhe-se que estes cereais são, principalmente, para alimentação animal. Os cereais destinados à alimentação humana, como é o caso dos trigos panificáveis, "têm como principal origem de importações França, estando este circuito estável e consolidado", indicava ontem o Ministério da Agricultura.
Na sexta-feira, uma sequência de notícias dava conta da possibilidade de escassez de alimentos e aumento dos preços de produtos alimentares.
[Notícia atualizada às 10h55]
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